Casa Branca alerta para milhares de demissões durante shutdown nos EUA

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A Casa Branca confirmou nesta quinta-feira (2/10) que milhares de demissões federais poderão ser anunciadas nos próximos dias em meio ao shutdown que paralisa parcialmente o governo dos Estados Unidos desde quarta-feira (1º/10). O país vive seu segundo dia de paralisação após o Congresso não chegar a um acordo sobre o financiamento de serviços públicos diante do impasse entre republicanos e democratas sobre os subsídios ao Obamacare.A paralisação parcial do governo dos Estados Unidos deve se estender ao menos até a próxima semana, segundo projeções da Casa Branca.O governo norte-americano confirmou, ainda, que milhares de demissões de servidores federais poderão ser anunciadas já nesta sexta-feira (3/10). Autoridades afirmaram que uma lista de agências visadas já foi elaborada pelo Escritório de Gestão e Orçamento (OMB), em coordenação com a administração do presidente Donald Trump.“Estamos analisando agências que não se alinham com os valores do presidente e que consideramos um desperdício do dinheiro do contribuinte”, declarou a secretária de imprensa, Karoline Leavitt.Trump se reuniu nesta quinta-feira com o diretor do Escritório de Gestão e Orçamento (OMB), Russell Vought, para definir quais cortes devem ser anunciados. O republicano já havia antecipado em sua rede social que pretendia decidir “quais agências democratas” seriam reduzidas e se os cortes seriam temporários ou permanentes. Leia também Negócios “Shutdown” pode afetar o PIB dos EUA, diz secretário do Tesouro Mundo Ameaça do shutdown à economia dos EUA depende do tempo da paralisação Mundo EUA: novo shutdown expõe fragilidades de Trump e fortalece democratas O que é shutdownNos Estados Unidos, o termo shutdown é usado para se referir à paralisação parcial do governo federal quando o Congresso não consegue aprovar o orçamento. Sem os recursos liberados, diversos departamentos e agências ficam sem condições de funcionar normalmente.Nesse contexto, apenas serviços classificados como “essenciais” permanecem em atividade — como defesa nacional, hospitais e forças armadas. Já áreas consideradas “não essenciais”, a exemplo de museus, parques, serviços administrativos e parte do funcionalismo público, são suspensas temporariamente.Os servidores afetados podem ser afastados ou obrigados a trabalhar sem garantia de salário imediato, o que amplia não apenas os efeitos econômicos, mas também os impactos sociais da medida.ImpassesO shutdown, que já afeta 750 mil servidores federais sem remuneração, expõe fragilidades da administração Trump em seu segundo mandato. Para os democratas, a crise representa oportunidade de reforçar sua imagem como defensores de programas sociais.Enquanto isso, os efeitos já são sentidos: parques nacionais começam a fechar, atrasos em voos são esperados pela redução de pessoal em aeroportos, e órgãos públicos operam em regime de contingência.Esta é a 15ª paralisação desde 1981 e a segunda sob Trump. A anterior, em seu primeiro mandato, foi a mais longa da história do país, durando 35 dias. Com republicanos divididos e democratas firmes em bloquear a proposta de curto prazo apresentada no Senado, não há previsão de acordo para a retomada das atividades.O impasse político, além de pressionar a população norte-americana, começa a gerar apreensão em países aliados, como o Brasil, diante da instabilidade econômica que pode afetar negociações bilaterais.4 imagensFechar modal.1 de 4O presidente dos EUA, Donald Trump, discursa com altos líderes militares na Base do Corpo de Fuzileiros Navais de Quantico, em 30 de setembro de 2025, em Quantico, VirgíniaAlex Wong/Getty Imagens2 de 4O presidente dos EUA, Donald Trump, discursa com altos líderes militares na Base do Corpo de Fuzileiros Navais de QuanticoAndrew Harnik/Getty Images3 de 4Michael M. Santiago/Getty Images4 de 4Donald TrumpChip Somodevilla/Getty Images