Justiça mantém júri popular de PMs por morte de Kathlen Romeu no RJ

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O TJRJ (Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro) confirmou, em decisão unânime, que os policiais militares Rodrigo Correia de Frias e Marcos Felipe da Silva Salviano irão a júri popular pelo homicídio de Kathlen de Oliveira Romeu.A jovem, que estava grávida, foi morta em 8 de junho de 2021 durante uma ação policial no Complexo do Lins, na zona Norte da capital fluminense.O julgamento em segunda instância, realizado no dia 16 de setembro, seguiu o voto do relator e o parecer da procuradora de Justiça Flávia Beiriz Brandão de Azevedo, que sustentaram a manutenção da decisão de pronúncia. A medida acolheu os argumentos apresentados pelo MPRJ (Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro), por meio da 3ª Promotoria de Justiça de Investigação Penal Especializada. Leia Mais Oruam exibe tornozeleira eletrônica após deixar prisão; veja Aeroporto Santos Dumont é reaberto após 12 horas Gilsinho, intérprete da Portela, morre aos 55 anos Segundo a denúncia, durante patrulhamento de rotina, os policiais teriam disparado contra indivíduos não identificados na região conhecida como Beco da 14, após avistarem uma situação que indicaria a prática do tráfico de drogas. Os disparos, entretanto, não atingiram os suspeitos, que fugiram. Um dos tiros acabou atingindo Kathlen, que caminhava com a avó pela Rua Araújo Leitão.A defesa dos policiais recorreu da decisão, pedindo a absolvição sumária ou a impronúncia dos réus. No entanto, o acórdão do TJRJ destacou que os elementos presentes no processo oferecem suporte suficiente para que o caso seja apreciado por um júri popular, conforme previsto na Constituição Federal.A CNN tenta contato com os advogados de Frias e Salviano.O advogado da família de Kathlen, Rodrigo Mondego, afirmou que a decisão representa uma vitória significativa no processo.“Agora, a luta será convencer os jurados do que é evidente: Kathlen Romeu foi assassinada, e seus assassinos devem responder por esse crime. A justiça caminha para Kathlen, muito lentamente, mas caminha.”Ainda não há data definida para a realização do julgamento.