USP perde liderança para universidade chilena em ranking de melhores da América LatinaA Pontifícia Universidade Católica do Chile (UC) foi eleita a melhor universidade da América Latina, superando a Universidade de São Paulo (USP), que liderou o ranking nos últimos anos. O resultado marca uma mudança importante e reforça a ascensão da universidade chilena nos índices internacionais de ensino superior. Fundada em 1888, a UC se consolidou como uma das mais tradicionais e respeitadas universidades da América Latina. Em 1930, recebeu do Papa Pio XI o título de "Pontifícia". Desde então, consolidou sua identidade acadêmica e garantiu o desenvolvimento de uma rede de ex-alunos influentes na sociedade chilena.Entre os ex-alunos da instituição, estão dois presidentes do Chile. Eduardo Frei Montalva, que ocupou a presidência de 1964 a 1970, se graduou em Direito pela UC. Já Sebastián Piñera, que liderou o país em duas ocasiões (2010-2014 e 2018-2022), se formou em Economia. Com cinco campi, incluindo o principal na capital Santiago, a universidade se destaca pela ampla oferta acadêmica distribuída em 18 faculdades. Entre as principais estão Arquitetura, Engenharia, Medicina, Direito e Física, áreas em que a instituição chilena possui centros de pesquisa renomados, como o Instituto de Astrofísica, além de forte produção científica e impacto acadêmico.PUC do Chile, em SantiagoAdobe StockPrincipais cursos e faculdades da Universidad de ChileA universidade oferece formação em "todas as áreas do conhecimento", graças às suas 18 faculdades, que incluem 26 escolas e institutos, 7 institutos interdisciplinares, o programa UC College e o Campus Villarrica. Destacam-se as faculdades de: Arquitetura, Desenho e Estudos UrbanosEngenhariaMedicinaDireitoFísica (com o Instituto de Astrofísica muito ativo)Agronomia e Engenharia FlorestalArtesCiências BiológicasCiências SociaisComunicaçõesLetrasEducaçãoFilosofiaMatemáticaQuímicaTeologiaHistória, Geografia e Ciências PolíticasA instituição não é pública, e tem mensalidades que variam de acordo com a área e o curso. Um estante de Direito, por exemplo, precisa desembolsar, em média, 7,7 milhões de pesos chilenos (cerca de R$ 43 mil) por ano. A anuidade do curso de Arquitetura é de 8,5 milhões de pesos (R$ 47 mil). Para se graduar em Engenharia na UC, é preciso pagar 9,5 milhões de pesos (R$ 56 mil) ao ano, e Medicina chega a custar 10 milhões de pesos (R$ 56 mil).Em 2024, a UC Chile tinha mais de 38,5 mil alunos matriculados em algum de seus cursos. Destes, 31,7 mil eram alunos de graduação, e os outros quase 7 mil alunos cursavam mestrado, doutorado ou outra especialização. Por que a UC Chile é referência na América Latina?Produção científica consistente, com publicações em revistas de alto impacto e grupos de pesquisa de excelência.Internacionalização ativa, com convênios que atraem estudantes e pesquisadores de várias partes do mundo.Alta empregabilidade, já que seus formados são disputados no mercado de trabalho chileno e internacional.Infraestrutura moderna, incluindo hospitais universitários, centros culturais e laboratórios de ponta.Alto volume de produção científica, sendo responsável por parte significativa da produção ensino superior chileno.Forte atuação em pesquisa de ponta, com programas em astrofísica, biotecnologia, gestão das águas e mais.Excelência acadêmica reconhecida em rankings mundiais como QS e Times Higher Education.O ranking QS avalia critérios como reputação acadêmica, empregabilidade, impacto das pesquisas, citações por docente e internacionalização. A UC se destacou nesses indicadores, evidenciando o crescimento e o equilíbrio no cenário do ensino superior latino-americano.Nas últimas décadas, a universidade investiu em internacionalização, ampliando programas de dupla titulação, promovendo intercâmbio de estudantes e atraindo professores estrangeiros. Essas medidas reforçaram sua presença em rankings globais e ampliaram a colaboração com instituições de outros países.De acordo com a QS, a liderança da UC em 2025 reflete avanços consistentes em pesquisa, impacto acadêmico e reputação. A nova liderança da instituição reforça o papel da universidade como referência internacional e a competitividade do ensino superior na América Latina.LEIA TAMBÉM:Sylvia Bloom, a secretária que juntou milhões de dólares copiando os investimentos dos advogados para os quais trabalhava