Ex-reality fala sobre suposto envolvimento com tráfico humano

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A ex-participante do reality De Férias com o Ex, Catherine Bascoy, usou as redes sociais na madrugada desta quinta-feira (2/10) para se manifestar após ser acusada de divulgar uma empresa de intercâmbio que estaria sob investigação por envolvimento em tráfico humano.No comunicado, Catherine afirmou que sua participação se restringiu à publicidade contratada e que não possui qualquer vínculo com a administração ou operação da empresa. Leia também Celebridades Famosa se explica após divulgar site investigado por tráfico humano Viralizou Influencers fazem propaganda para site investigado por tráfico humano “Esclareço que minha participação se limitou exclusivamente à publicidade contratada, sem qualquer envolvimento com a administração ou a operação da empresa”, escreveu.A influenciadora explicou que, antes de aceitar a parceria, realizou pesquisas sobre a companhia, verificou licenças, acompanhou conteúdos relacionados e até lives de outras influenciadoras que participavam do programa.“Ao meu ver, tudo parecia estar em conformidade. Minha intenção nunca foi, e jamais será, prejudicar quem me acompanha; muito pelo contrário, sempre busquei ser responsável e criteriosa em minhas escolhas”, destacou.Diante da repercussão, Catherine disse estar tomando providências para que as acusações sejam devidamente esclarecidas. Ela ressaltou que, ao longo dos 10 anos de trabalho como influenciadora digital, sempre buscou selecionar marcas que representassem seus valores.3 imagensFechar modal.1 de 3Catherine Bascoy faz harmonização facialReprodução/Instagram/@catherinebascoy2 de 3Catherine BascoyReprodução/Instagram3 de 3Catherine BascoyReprodução/InstagramApesar disso, a ex-De Férias com o Ex reconheceu que nem sempre é possível acertar em todas as escolhas e prometeu adotar critérios ainda mais rígidos em futuras parcerias.“Meu compromisso é, sempre foi e sempre será, com a responsabilidade e a transparência, em respeito e com carinho por cada um de vocês. Por isso, reforço que, a partir de agora, os critérios para futuras parcerias serão ainda mais rigorosos”, concluiu.EscândaloUm caso que levou Aila a se pronunciar veio à tona esta semana. Criadoras de conteúdo com milhões de seguidores fizeram publicidade de uma empresa que está sendo investigada pela Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol, na sigla em inglês) por suspeita de tráfico humano.Trata-se da Alabuga Start. A instituição foi alvo de uma série de investigações e matérias apontando o mesmo modus operandi vendido pelas influenciadoras brasileiras, mas com jovens africanas. Aqui no Brasil, influenciadoras falavam da “oportunidade” sob o codinome Start Program, mas com o mesmo site da empresa investigada pela Interpol.Segundo o relatório da Iniciativa Global contra o Crime Organizado Transnacional (GI-TOC, na sigla em inglês), várias mulheres descreveram que a carga horária do trabalho eram longas e com vigilância constante, além de enfrentarem problemas de saúde ​​pela exposição a produtos químicos cáusticos.DenúnciasO caso ganhou repercussão nas redes após denúncias de Guga Figueiredo e Jordana Vucetic. Guga expôs um vídeo, que já soma mais de 700 mil visualizações, de MC Thammy divulgando a empresa no Instagram. Depois, compartilhou registros de outras influenciadoras fazendo a mesma propaganda.Entre elas estavam Catherine Bascoy, Aila Loures e Isabela Duarte. As publicações, feitas no Instagram e no TikTok, foram apagadas após a polêmica, assim como o perfil da empresa.Nos anúncios, eram prometidos salários de cerca de 670 dólares (R$ 3,5 mil), além de passagens aéreas, alojamento, seguro médico, aulas de russo e documentação de imigração paga. O programa teria duração de dois anos, com vagas em áreas como hospitalidade, logística e produção.Após críticas, MC Thammy explicou por que apagou o vídeo. Segundo ela, havia recebido documentos que supostamente comprovavam a veracidade do programa e destacou que outros grandes influenciadores também participaram da divulgação. A cantora afirmou ter acionado sua equipe jurídica e garantiu que não fará mais publicidades semelhantes.As demais influenciadoras foram procuradas pelo Metrópoles, mas não responderam até a publicação desta reportagem.O que se sabe sobre a Alabuga StartNo site, a empresa diz estar localizada no Tartaristão, na Rússia, região conhecida como maior produtora de drones militares, segundo o Moscow Times.A repercussão internacional começou em 2024, com relatos de jovens de países africanos como Uganda, Ruanda, Sudão do Sul e Nigéria, além do Sri Lanka. Assim como no Brasil, as candidatas deveriam ter entre 18 e 22 anos.Não há indícios de que a empresa opere legalmente no Brasil.