O governo brasileiro condenou, nesta quinta-feira (2), o que chamou de “interceptação ilegal” e “detenção arbitrária” feita por Israel das embarcações que integram a “Flotilha Global Sumud”, assim como a detenção de ativistas, dentre os quais quinze nacionais brasileiros, incluindo a deputada federal Luizianne Lins (PT-CE).“O Brasil exorta o governo israelense a liberar imediatamente os cidadãos brasileiros e demais defensores de direitos humanos detidos”.O grupo seguia em cerca de 40 barcos com ativistas da causa palestina, num movimento que começou na Espanha, para levar ajuda humanitária aos moradores da Faixa de Gaza. Leia Mais Deputada do PT pode ser encaminhada para centro de detenção israelense Interceptação de flotilha por Israel amplia bloqueio ilegal a Gaza, diz ONU EUA criticam flotilha de ajuda para Gaza: "Provocação desnecessária" O Ministério das Relações Exteriores de Israel, por meio da Embaixada do Brasil em Tel Aviv e da Embaixada de Israel em Brasília, foi notificado da “inconformidade” das ações do governo de Israel.“Tendo em vista o caráter pacífico da flotilha e seu objetivo de realizar entrega de ajuda humanitária à Faixa de Gaza, sua interceptação por forças israelenses constitui grave violação ao direito internacional, incluindo o direito marítimo internacional, em particular a Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar (CNUDM), que consagra a liberdade de navegação”, informou o Itamaraty em nota.Segundo o governo brasileiro, operações de caráter estritamente humanitário devem ser autorizadas e facilitadas por todas as partes em conflito, não podendo ser obstadas ou consideradas ilícitas. “O Brasil conclama a comunidade internacional a exigir de Israel a cessação do bloqueio à Gaza, por constituir grave violação ao direito internacional humanitário”, completou.