A Câmara dos Deputados aprovou nesta quinta-feira (2) o regime de urgência para proposta legislativa que torna crime hediondo a adulteração de bebidas alcoólicas. O projeto é de 2007 e engloba a adição de ingredientes que possam causar risco à vida ou grave ameaça à saúde em alimentos. No texto, um dos casos citados é a adulteração de leite com soda cáustica, mas a proposta ganha tração agora no contexto das intoxicações relacionadas à falsificação de bebidas com metanol, que já causaram mortes no país.A aprovação de requerimentos de urgência possibilita pular a discussão e a votação em comissões, levando o tema diretamente para o plenário. A votação em plenário é a última fase da tramitação de um projeto de lei. Depois disso, ele segue para avaliação no Senado, caso tenha sido proposto na própria Câmara.Até o momento, o Centro Nacional de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (CIEVS) recebeu notificação de 43 casos por esse tipo de intoxicação no país, sendo 39 em São Paulo (10 confirmados e 29 em investigação) e 4 casos em investigação em Pernambuco. Seis estabelecimentos foram interditados na região metropolitana da capital paulista.O presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), anunciou em sua rede social nesta quarta-feira (1) que a urgência seria votada nesta quinta. Motta vem pautando projetos de grande apelo popular. No início da semana, o presidente anunciou a urgência de oito propostas de segurança pública, envolvendo o aumento do financiamento da área no país, a criação de novos crimes e mais celeridade a processos com prisão em flagrante. Siga o canal da Jovem Pan News e receba as principais notícias no seu WhatsApp! WhatsApp No mesmo anúncio, Motta também destacou a urgência de um projeto proposto pelo Senado, que aumenta a pena do crime de pedofilia e prevê monitoramento eletrônico dos condenados por crime sexual. Leia também Ministério da Saúde instala gabinete de crise para monitorar casos de intoxicação por metanol Moraes determina que redes sociais identifiquem autores de ameaças contra Flávio Dino *Com informações do Estadão ConteúdoPublicado por Nátaly Tenório