Deputado quer tirar nome Ultrafarma da estação Saúde do Metrô de SP

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O deputado estadual Carlos Giannazi (PSol) entrou com um pedido para a retirada do nome Ultraforma da estação Saúde da Linha 1-Azul do Metrô após o dono da empresa, Sidney Oliveira, ter sido preso no âmbito de uma operação do Ministério Público de São Paulo (MPSP) contra um esquema de corrupção envolvendo a concessão de créditos de ICMS.A Ultrafarma nomeia a estação desde março de 2022, quando comprou o direito adquirido pela Digital Sports Multimedia (DSM), que ganhou uma licitação de naming rights em 2021. O contrato da DSM com o Metrô prevê o pagamento de R$ 71,9 mil mensais pelos próximos 10 anos pelos direitos de nomear a estação. Na época, a Ultrafarma arrematou o acordo devido à ligação que mantém com a região da Saúde, onde operam mais de 20 unidades das farmácias.6 imagensFechar modal.1 de 6O empresário Sidney OliveiraDivulgação/Ultrafarma2 de 6O empresário Sidney OliveiraDivulgação/Ultrafarma3 de 6O empresário Sidney OliveiraReprodução/Redes sociais4 de 6O empresário Sidney OliveiraDivulgação/Ultrafarma5 de 6Sidney Oliveira, dono da rede UltrafarmaDivulgação/Ultrafarma6 de 6O empresário Sidney OliveiraQuem é Sidney Oliveira, dono da UltrafarmaSidney Oliveira é o dodo na rede Ultrafarma. Ele é acusado de fazer pagamentos ilegais ao auditor Arthur Gomes da Silva Neto, da Secretaria da Fazenda, para obter vantagens fiscais. Para isso, Neto negociava diretamente com Oliveira e outros empresários e teria recebido mais de R$ 1 bilhão em propina para operar o sistema. O governo do estado ainda não divulgou o valor do prejuízo causado aos cofres públicos. Leia também São Paulo Dono da Ultrafarma, preso por corrupção, se casou na Tailândia em 2024 São Paulo Dono da Ultrafarma confessou crime e fez acordo de R$ 32 mi dias antes de ser preso São Paulo Caso Ultrafarma: como fiscal prestava assessoria criminosa a empresas São Paulo Ultrafarma: auditor acusado de receber propina viajou a paraíso fiscal No pedido feito ao governo do estado de São Paulo, o deputado Giannazi argumenta que “fica evidente que uma empresa [Ultrafarama] com tal histórico de danos ao erário público não pode seguir se beneficiando de um serviço público, como é o metrô, para publicidade e divulgação da marca”. Ele pede que a gestão estadual rescinda o contrato de naming rights e restabeleça o nome da estação Saúde, retirando a menção à empresa.O Metrópoles procurou o Metrô e a Secretaria de Comunicação do Governo do estado de São Paulo e aguarda retorno. A Ultrafarama ainda não se manifestou sobre o caso.Entenda o esquema que levou à prisão de Sidney OliveiraO esquema envolvia o pagamento de propina para o auditor fiscal de alto escalão da Secretaria da Fazenda, Artur Gomes da Silva Neto.Artur Gomes da Silva Neto manipulava processos administrativos para facilitar a quitação de créditos tributários às empresas.Essas empresas, entre elas a Fast Shop e a Ultrafarma, eram beneficiadas, deixando de contribuir devidamente ao estado de São Paulo.Em contrapartida, Arthur Neto recebia pagamentos mensais de propina por meio de uma empresa registrada em nome da mãe dele, Kimio Mizukami da Silva.