Guerra dos chips: EUA usam rastreadores para evitar vendas para China

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Apesar de ter autorizado a retomada das vendas de alguns chips para a China, o governo dos Estados Unidos continua buscando formas de impedir que Pequim tenha acesso aos dispositivos de forma geral. E uma das alternativas adotadas foi a colocação de rastreadores nos dispositivos.Segundo reportagem da Reuters, a Casa Branca tenta evitar que as restrições de exportação de produtos tecnológicos sejam burladas. Dessa forma, as autoridades norte-americanas podem descobrir que empresas ou países estão desrespeitando as regras.Casa Branca impede venda de alguns produtos para Pequim (Imagem: Chiarascura/Shutterstock)Rastreadores ficam escondidosDe acordo com a publicação, os rastreadores geralmente ficam escondidos nas embalagens das remessas de chips de inteligência artificial. Eles têm sido utilizados para monitorar o destino de produtos de empresas como Dell, Super Micro, Nvidia e AMD.O Homeland Security Investigations, principal braço investigativo do Departamento de Segurança Interna (DHS) dos Estados Unidos, foi citado como um dos responsáveis pelo rastreio. O FBI, a polícia federal dos EUA, também participaria dos trabalhos.Objetivo é evitar que a China tenha acesso aos produtos (Imagem: Zafer Kurt/Shutterstock)Nenhum dos órgãos governamentais se pronunciou sobre o caso. Já o Ministério das Relações Exteriores da China disse que não estava ciente do assunto. A Dell informou que “não tem conhecimento de uma iniciativa do governo dos EUA para colocar rastreadores em suas remessas de produtos”. A Super Micro, por sua vez, se limitou a afirmar que não divulga suas “práticas e políticas de segurança em vigor”. A Nvidia e a AMD não se pronunciaram.Leia maisChina orienta órgãos locais a evitar chips da NvidiaNvidia irá repassar 15% de receita com chips ao governo dos EUANvidia rebate acusações da China de vulnerabilidades em chips de IAEUA querem impedir acesso da China aos semicondutores (Imagem: Quality Stock Arts/Shutterstock)Disputa pela hegemonia tecnológica mundialAlém de fomentar a produção nacional de chips e o desenvolvimento da inteligência artificial, o governo dos Estados Unidos tenta impedir o acesso da China aos produtos.O movimento tem sido chamado de “guerra dos chips“.Pequim foi impedida não apenas de importar os chips mais avançados, mas também de adquirir os insumos para desenvolver seus próprios semicondutores e supercomputadores avançados, e até mesmo dos componentes, tecnologia e software de origem americana que poderiam ser usados para produzir equipamentos de fabricação de semicondutores para, eventualmente, construir suas próprias fábricas para fabricar seus próprios chips.Além disso, cidadãos norte-americanos não podem mais se envolver em qualquer atividade que apoie a produção de semicondutores avançados na China, seja mantendo ou reparando equipamentos em uma fábrica chinesa, oferecendo consultoria ou mesmo autorizando entregas a um fabricante chinês de semicondutores.Por fim, a Casa Branca tenta impedir que Pequim tenha acesso aos produtos por meio de países terceiros.Neste sentido, o uso de rastreadores se tornou um importante aliado dos norte-americanos.O post Guerra dos chips: EUA usam rastreadores para evitar vendas para China apareceu primeiro em Olhar Digital.