Decore essa receita: bons conteúdos constroem audiências qualificadas. Audiências qualificadas constroem comunidades engajadas. Comunidades engajadas constroem movimentos autênticos. E, por fim, movimentos autênticos constroem negócios promissores.Decorou? Agora vem a boa e a má notícia.A boa é que, se você aprender a usar essa metodologia com eficiência, a sua empresa passará a ter uma potente vertical de mídia dentro de casa e, muito provavelmente, o seu custo de aquisição de clientes (também conhecido pela sigla CAC) será muito menor. A má é que, se você ainda nem começou a utilizá-la, significa que está atrasado(a) – e muito.Se de um lado os tradicionais veículos de comunicação estão perdendo relevância, do outro, as marcas mais inovadoras do mundo estão criando e consolidando, dentro de seus ecossistemas, verdadeiras plataformas de conteúdos midiáticos.Portais segmentados de notícias. Newsletters aspiracionais. Escolas digitais. Eventos temáticos. Canais de podcasts. O que não faltam são formatos para começar a explorar esse conceito. E, uma vez que se começa, o que não faltam são caminhos – da publicidade à venda de infoprodutos – para monetizar tais soluções.Uma engrenagem que se retroalimentaNos casos mais bem sucedidos, essas iniciativas se tornam autossustentáveis (e rentáveis). Ou seja, produzir conteúdo deixa de ser simplesmente um custo operacional para se transformar em uma unidade de negócios que gera diretamente lucro e que pode, até, operar de forma independente (como um spin-off da companhia).Mas se tornar uma operação positiva, que para em pé, é só a pontinha do iceberg. O grande trunfo dessa estratégia são as novas oportunidades que surgem à medida em que se passa a conhecer, cada vez mais e mais, os hábitos, interesses e opiniões da base consumidora.Ainda se lembra da receita do primeiro parágrafo?Então, vamos a um exemplo prático.Eles começaram falando de entretenimento…Agora, são o próprio entretenimento.O grupo Omelete&Co é detentor de alguns dos eventos de entretenimento e cultura pop mais influentes – e rentáveis – do mundo. Dentre eles, CCXP, Anime Friends e Gamescom Latam. Mas, esses projetos não surgiram e nem ganharam a dimensão que ganharam por acaso. Todos são desdobramentos de um outro negócio que começou há mais de 20 anos: o portal Omelete. A princípio, era para ser somente um lugar onde um grupo de amigos nerds (palavra deles) iria publicar, sem grandes pretensões, uma série de artigos e notícias sobre o mundo geek. O conteúdo era bom, inovador para a época e, o que começara quase como um produto para autoconsumo, transformou-se em uma plataforma com milhões de usuários.A comunidade que veio a seguir tornou-se tão potente que logo os fundadores entenderam a equação: era possível ganhar muito mais dinheiro criando negócios proprietários do que vendendo anúncios publicitários de terceiros.Imagino que você já consegue presumir o que aconteceu depois, certo?Hoje, o grupo possui um portfólio repleto de iniciativas que se retroalimentam – e que vão muito além dos grandes eventos e do portal onde tudo começou. Tem até aplicativo de inteligência artificial e time da Kings League.E se você quiser saber mais detalhes sobre essa trajetória de sucesso (e, principalmente, como começar a construir a sua própria cadeia de empresas que se retroalimentam) vale assistir ao episódio que gravamos no Marcas Rebeldes (podcast que eu dirijo e que é apresentado por João Branco e Rony Meisler) com o Pierre Mantovani, CEO e Cofundador da Omelete&Co.The post Mais do que clientes, comunidades appeared first on InfoMoney.