Banco Central exclui blockchain da primeira versão do Drex

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O Banco Central do Brasil decidiu alterar significativamente a rota do projeto Drex, a versão digital do real. Na nova etapa de desenvolvimento, a autoridade monetária optará por não utilizar, inicialmente, a tecnologia de registro distribuído (DLT), ou blockchain. A ideia agora é lançar uma solução mais simples e funcional já em 2026.A mudança de estratégia foi confirmada por Fábio Araújo, coordenador do Drex no BC, em entrevista concedida ao jornal Valor Econômico nesta quinta-feira (7).Segundo ele, o projeto passará a ser estruturado em dois marcos temporais distintos: o primeiro, de curto prazo, focado na entrega de um sistema mais direto, e o segundo, voltado ao amadurecimento de tecnologias mais complexas como redes descentralizadas – como blockchain –  e contratos inteligentes (smart contracts).A versão inicial do Drex, prevista para o segundo semestre do próximo ano, será voltada à reconciliação de gravames — ou seja, à verificação de garantias sobre ativos usados em operações de crédito. “Hoje, isso é complicado, porque o ativo pode estar custodiado em uma corretora, enquanto o empréstimo acontece em um banco. A proposta é integrar essas pontas”, explicou Araújo.Inicialmente, esse tipo de operação seria viabilizado por meio da Hyperledger Besu, uma plataforma de DLT permissionada compatível com o Ethereum. Entretanto, o plano foi revisto diante dos desafios técnicos enfrentados, especialmente no quesito privacidade.Durante a fase piloto, o BC testou três ferramentas para preservar dados sensíveis dentro da rede sem comprometer funcionalidades como programabilidade e componibilidade, mas nenhuma atendeu plenamente às exigências do regulador. Outras três soluções começaram a ser analisadas na segunda etapa, mas a avaliação é de que ainda será necessário mais desenvolvimento.“Encontramos alternativas promissoras em privacidade, mas ainda não são suficientes. Precisamos levá-las a testes mais robustos”, afirmou Araújo.Por ora, o Banco Central ainda não detalhou qual será a tecnologia usada na reconciliação de gravames, tampouco se essa estrutura servirá como base definitiva ou apenas como um passo intermediário no caminho rumo à digitalização plena da moeda brasileira.Foco está na solução do problema, aponta GalípoloDurante palestra na Blockchain Rio na quarta-feira (6), o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, deu sinais de que o projeto estava se afastando da tecnologia blockchain, apontando que o BC parou de definir o Drex como uma infraestrutura DLT (Tecnologia de Registro Distribuído).“Por que não estou falando de DLT? Pois estamos cada vez mais tendo clareza e migrando para a ideia de que a tecnologia tem que ser agnóstica. A gente quer resolver um problema. Qual é o problema que temos que resolver? E qual a tecnologia disponível e mais adequada para conseguir resolver esse problema?”, disse Galípolo. Portanto, para o presidente do BC, significa que o foco não está na ferramenta em si (como blockchain, DLT ou qualquer outra), mas sim na solução do problema, usando a tecnologia mais adequada, qualquer que seja ela.O Bitcoin mostra muita força no 2º trimestre e é destaque entre os ativos de risco. Será que uma próxima máxima história de preço vem aí? Agora é hora de agir estrategicamente. Abra sua conta no MB e prepare sua carteira!O post Banco Central exclui blockchain da primeira versão do Drex apareceu primeiro em Portal do Bitcoin.