Braskem vê ativos nos EUA como parte integral da estratégia, diz presidente

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Os ativos da Braskem nos Estados Unidos são parte integral da estratégia de transformação da companhia para melhoria de sua rentabilidade em um mercado global petroquímico pressionado por excesso de capacidade, afirmou o presidente-executivo da companhia, Roberto Ramos, nesta quinta-feira.“A manutenção das plantas nos EUA é de importância fundamental porque lá estão dois de nossos três principais laboratórios… Não temos nenhuma intenção de nos desfazer das plantas de polipropileno nos EUA”, disse o executivo.Ramos respondeu a questionamentos de analistas reunidos em conferência sobre os resultados de segundo trimestre da Braskem. No evento, foram citadas reportagens publicadas na mídia nesta quinta-feira que afirmam que a Braskem colocou ativos nos EUA à venda em meio a preocupações sobre o nível de alavancagem financeira da empresa e proximidade de vencimentos de dívida em 2028.Leia tambémBraskem (BRKM5) decepciona expectativas já baixas do mercado e ação cai forte após 2TDesempenho reflete spreads mais baixos, desalinhamento de estoques e uma parada programada para manutenção no MéxicoBraskem registra queda de 93% no prejuízo no 2º trimestre, para R$ 267 milhõesReceita líquida para o período foi de R$ 17,86 bilhões, ante R$ 19,07 bilhões registrado no ano anterior“Não sou fã de venda de ativos para amortizar dívida”, disse o executivo.O diretor financeiro da Braskem, Felipe Jens, mencionou que a Braskem segue focada em seu plano de transformação e que os laboratórios nos EUA são importantes para a estratégia da empresa em trocar o consumo de nafta de petróleo para gás e apostar mais na produção de químicos “verdes”, derivados de fontes renováveis como cana-de-açúcar e milho.“Os laboratórios nos EUA são de extrema importância e, portanto, aderentes ao nosso futuro. Os ativos em si são importantes, já tiveram ciclos de geração de Ebitda maiores, deverão voltar no futuro, e as possibilidades vamos sempre avaliar desde que isso não nos desvie de nosso plano de transformação”, disse Jens, citando “eventuais monetizações totais ou parciais”, mas sem dar detalhes.Segundo Ramos, preocupações sobre eventual busca da Braskem por um reperfilamento de dívida “não fazem nenhum sentido”.“Isso (vencimentos de dívida) se resolve aumentando o Ebitda. O problema da Braskem não é o tamanho da dívida”, disse o executivo.“Não temos vencimento no curto prazo (…) Em 2028, a Braskem vai estar em um nível de Ebitda muito maior do que estamos hoje. Isso (reperfilamento) é vir com remédio para um diagnóstico errado”, acrescentou.A Braskem encerrou o segundo trimestre com uma alavancagem em dólares de 10,59 vezes, ante 7,98 vezes ao final de março e 6,79 vezes no final do primeiro semestre de 2024.A dívida bruta corporativa encerrou o trimestre em cerca de US$ 8,5 bilhões, com prazo médio de 9 anos e 68% dos vencimentos a partir de 2030. Ao final de junho, a posição de caixa, excluindo a operação mexicana Braskem Idesa, era de US$ 1,7 bilhão, sem considerar uma linha de crédito rotativo de US$ 1 bilhão disponível até dezembro de 2026, segundo dados da companhia.The post Braskem vê ativos nos EUA como parte integral da estratégia, diz presidente appeared first on InfoMoney.