SLC Agrícola (SLCE3) lucra R$ 139,8 milhões, queda de 56,5% no ano

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A SLC Agrícola (SLCE3) registrou lucro líquido de R$ 139,8 milhões no segundo trimestre de 2025 (2T25), queda de 56,5% em relação ao mesmo período de 2024.A retração no resultado líquido ocorreu apesar do avanço na receita, que somou R$ 1,86 bilhão no 2T25, ante R$ 1,35 bilhão no 2T24. No acumulado do semestre, o faturamento foi de R$ 4,19 bilhões, alta de 26,7% na comparação anual.“O crescimento se deu, principalmente, pelo maior volume faturado de soja e milho, reflexo da maior produtividade obtida. Além disso, houve aumento de preço em todos os produtos”, informou a companhia no balanço divulgado na noite desta quarta-feira (13).Na soja comercial, a SLC Agrícola colheu toda a área plantada, atingindo produtividade de 3.960 kg/ha, 21% acima da registrada no ano anterior.LEIA TAMBÉM: O Agro Times quer te ajudar a ficar por dentro do agronegócio e mostrar como começar a investir no “motor” do Brasil; veja comoNa primeira safra de algodão, iniciada em maio e ainda em andamento, com 78,25% da área colhida até o fechamento do relatório, a produtividade foi de 1.833 kg/ha de pluma — queda de 8,1% em relação à safra anterior e 10,2% abaixo do projetado. Na segunda safra, iniciada em 8 de julho, 19,46% da área havia sido colhida até 8 de agosto, com expectativa de atingir 2.161 kg/ha de pluma.No milho, a colheita começou em 3 de junho e, até 8 de agosto, 86,49% da área havia sido colhida. Segundo a SLC Agrícola, as chuvas acima do esperado favoreceram as áreas plantadas fora da janela ideal, permitindo que expressassem todo o seu potencial produtivo.A empresa destacou ainda que os custos de produção recuaram na safra 2024/25 frente à 2023/24. O custo médio total ficou em R$ 6.545/ha, contra R$ 6.916/ha na safra anterior, influenciado principalmente pela queda nos preços de fertilizantes, defensivos e sementes.Em termos de volume faturado, houve aumento de 64,4% no total, para 704,6 mil toneladas, com destaque para a soja, que mais que dobrou (+99,8%), alcançando 517,7 mil toneladas, e para o milho, que cresceu 88,9%, para 61,1 mil toneladas.Os preços também melhoraram A soja, por exemplo, viu a tonelada encarecer 5,2%, para R$ 1.867. O milho saltou 14,1%, a R$ 823 a tonelada.Com maiores volumes, porém, a SLC também registrou aumento nos custos com vendas, que subiram 21,6% na comparação anual, para R$ 1,3 bilhão. As despesas administrativas avançaram 28,4%, impulsionadas por gastos com pessoal, enquanto as despesas com vendas recuaram 3,3%, para R$ 88,8 milhões.O Ebitda ajustado (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) totalizou R$ 556,6 milhões, alta de 115,6% na base anual, com margem de 29,9%, 10,8 pontos percentuais acima do ano anterior.O resultado financeiro pesou no resultado da SLC Agrícola. Ele foi negativo em R$ 275,2 milhões, contra R$ 224,4 milhões no 2T24. “Em ambos os períodos, as despesas com juros foram elevadas devido ao aumento da dívida líquida ajustada e da taxa CDI”, informou a companhia.Os gastos com hedge também subiram, saindo de R$ 4,2 milhões no 2T24 para R$ 73,6 milhões no 2T25.