Após novas sanções, Eduardo diz que nem ministros e familiares estão imunes

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O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) disse nesta quarta-feira (13) que as novas sanções dos Estados Unidos mandam um recado de que nem ministros, burocratas dos escalões inferiores ou familiares estão imunes.“A medida é também um recado inequívoco: nem ministros, nem burocratas dos escalões inferiores, nem seus familiares estão imunes. Mais cedo ou mais tarde, todos os que contribuírem para sustentar esses regimes responderão pelo que fizeram — e não haverá lugar para se esconder”, disse Eduardo.O Departamento de Estado norte-americano tomou medidas para revogar vistos e impor restrições de visto a funcionários do governo brasileiro, ex-funcionários da Opas (Organização Pan-Americana da Saúde) e seus familiares. Leia Mais Após quatro negativas, Braga Netto volta a recorrer contra prisão Governo prepara defesa escrita robusta para evitar novas sanções dos EUA Lula diz que vai liberar R$30 bi para empresas afetadas por tarifas dos EUA De acordo com uma nota assinada pelo secretário Marco Rubio, o conjunto de ações visa punir a “cumplicidade com o esquema de exportação de mão de obra do regime cubano, no âmbito do programa Mais Médicos”. Entre os brasileiros citados pelo Departamento de Estado estão Mozart Julio Tabosa Sales, atual secretário de Atenção Especializada à Saúde do Ministério da Saúde, e Alberto Kleiman, coordenador-geral para a COP30, ex-Assessor de Relações Internacionais do Ministério da Saúde e ex-diretor de Relações Externas da Opas.A ação do Departamento de Estado dos EUA ocorre em meio às reuniões que Eduardo Bolsonaro e o jornalista Paulo Figueiredo terão entre esta quarta-feira e quinta-feira (14) com integrantes do governo dos Estados Unidos, onde deverão mapear o ambiente no STF (Supremo Tribunal Federal) em relação às investigações contra os réus da trama golpista e os investigados pelo 8 de janeiro.Outras sançõesEm 18 de julho, Marco Rubio anunciou a revogação de vistos do ministro Alexandre de Moraes e de seus pares na Suprema Corte, com exceção de André Mendonça, Nunes Marques e Luiz Fux.Além disso, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, também foi afetado com a medida.Poucos dias depois, em 30 de julho, o governo americano também aplicou a Lei Magnitsky contra Moraes, justificando que o ministro “assumiu a responsabilidade de ser juiz e júri em uma caça às bruxas ilegal contra cidadãos e empresas americanas e brasileiras”, segundo comunicado publicado pelo Secretário do Tesouro, Scott Bessent.Criada em 2012, durante o Governo Obama, a medida prevê o bloqueio de contas bancárias e de bens em solo norte-americano, em uma espécie de “asfixia financeira”.Em comunicado, Rubio afirmou que o ministro “cometeu graves violações dos direitos humanos”.Em resposta às ações do governo americano, a ministra de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, disse que a medida é “uma afronta ao Poder Judiciário brasileiro e à soberania nacional”.Por outro lado, deputados da oposição ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) comemoraram a decisão.Eduardo nos EUADesde março deste ano, Eduardo Bolsonaro vive nos Estados Unidos após pedir afastamento do cargo, sem previsão de retorno ao Brasil.Na última sexta (8), ele afirmou que irá enviar um ofício ao presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), para defender o mandato.O prazo de afastamento de Eduardo venceu no último dia 20 de julho, e com isso, o parlamentar começa a receber faltas não justificadas caso não retorne ao Brasil, o que pode resultar na perda do mandato.Segundo ele, há uma “perseguição do ministro Alexandre de Moraes”, que o impede de retornar ao país.*Sob supervisão de Douglas Porto