O uso de dinheiro em espécie despencou por influência do Pix nos últimos cinco anos. A pesquisa “Pagamentos em Transformação: Do Dinheiro ao Código” realizada apelo Google (GOGL34) aponta para um número de 6% dos entrevistados que afirmam usar cédulas e moedas com frequência em 2024, ante 43% em 2019. Por trás dessa tendência estão impulsos regulatórios do Banco Central, tecnologia e digitalização da população.Amostra de como o meio de pagamento instantâneo desenvolvido pelo BC ainda tem ganhado força, a pesquisa ainda aponta para um aumento de 53% no valor das transações de pessoas para negócios via Pix entre dezembro de 2023 e o mesmo mês de 2023.Leia também: Entram em vigor novas regras de segurança para chaves Pix; entenda o que mudaLeia também: Bancos liberam Pix Automático para todos os clientes; veja como funcionaDesde o lançamento do Pix, em 2020, houve um salto na bancarização brasileira de 179 milhões de brasileiros para 200 milhões em 2025, de acordo com dados do Banco Central apresentados pelos Google.“Em 2020 há a pandemia e dois fatores muito relevantes. O primeiro foi o auxílio emergencial, que fez com que muitas pessoas abrissem as primeiras contas digitais e também a chegada do Pix”, explica a líder de insights do Google Brasil, Thais Melendez. “Depois tem o início do Open Finance em 2021. Trazendo um pouco do mercado mais recente, começamos a ver o aumento das transações via Pix no Brasil: 47% já são feitas pela modalidade.”Segundo o estudo, o meio de pagamento automático é utilizado por 93% da população adulta do Brasil, sendo o mais frequente para 62% desse grupo. Esse crescimento não significou, no entanto, uma redução na adesão ao cartão de crédito, segunda forma de pagamento mais popular no país.“Ele ainda é muito relevante, basicamente por dois motivos. O primeiro é o uso real dele. Às vezes nos lembramos o nome cartão e esquecemos o sobrenome crédito. Aí estamos falando de limite, parcelamento. Isso possibilita que ele se torne uma ampliação de um segundo, terceiro bolso, até onde o limite for suficiente”, afirma o head de indústria do Google Brasil, Gustavo Pena.O executivo ainda explica que o segundo motivo para a manutenção da relevância do cartão de crédito é o de benefícios, mais atrelado ao público de alta renda. A pesquisa mostra que 58% dos respondentes concordam que têm utilizado mais o cartão de crédito nos últimos anos, e os principais motivos são os programas de recompensa e vantagens (20%) e o aumento de limite (20%).Programas de benefícios são ainda mais relevantes entre a classe A, onde 36% responderam que este fator influenciou ainda mais o uso de cartão. O aumento de limite é a resposta mais comum entre as classes D e E, com 31% das respostas.Os números mostram que 62% das pessoas possuem mais de um cartão em seu nome; a maior parte, 35%, possui dois. Entre as classes A e B, 79% têm um cartão de crédito. “Há um aumento de proporção de números de cartão conforme aumenta a renda”, diz Melendez.The post Uso de dinheiro em espécie com frequência derrete com Pix, diz estudo do Google appeared first on InfoMoney.