Micro-ondas faz mal à saúde? Entenda o que é mito e o que é verdade

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O micro-ondas ainda gera dúvidas sobre sua segurança, mesmo após décadas de uso nas cozinhas. A boa notícia: o aquecimento nesse aparelho é seguro e não oferece risco direto à saúde — desde que sejam tomados alguns cuidados com os recipientes utilizados. Leia também Claudia Meireles Nutricionista aponta qual alimento tem uma “bomba” de nutrientes Claudia Meireles Três alimentos que garantem doses de nutrientes essenciais para o dia Saúde Ora-pro-nóbis: como armazenar as folhas para preservar os nutrientes? A principal recomendação é evitar o uso de plásticos comuns ao aquecer alimentos no micro-ondas. Isso porque, sob altas temperaturas, alguns tipos de plástico podem liberar compostos químicos prejudiciais, como o BPA (bisfenol A), que está associado a distúrbios hormonais e riscos ao sistema endócrino. A orientação é optar por potes com selo “BPA free”, além de preferir materiais como vidro e cerâmica, que são totalmente seguros.Outro mito recorrente é a ideia de que o micro-ondas “destrói nutrientes” dos alimentos. De fato, todo método de cozimento pode gerar perda de nutrientes — mas essa perda é mínima no micro-ondas e, em alguns casos, menor do que no fogão, já que o aquecimento é mais rápido e requer menos água.A Organização Mundial da Saúde (OMS) e órgãos reguladores como a Anvisa consideram o uso do micro-ondas seguro, desde que o aparelho esteja em bom estado e utilizado corretamente.Em resumo: o micro-ondas não é vilão. Ele pode ser um aliado prático na rotina alimentar — desde que recipientes inadequados sejam deixados de lado. O verdadeiro risco está mais no pote do que no prato.(*) Juliana Andrade é nutricionista formada pela UnB e pós-graduada em Nutrição Clínica Funcional. Escreve sobre alimentação, saúde e estilo de vida