Postado por Fabiano Venancio - Além de serviços para o setor offshore e embarques de petróleo, minério e grãos, a diversificação de suas atividades é um caminho definitivo a ser trilhado pelo complexo industrial do Porto do Açu, em São João da Barra, que agora se prepara para se tornar também um polo de atração de data centers com finalidades de armazenamento de dados e treinamento de inteligência artificial. O Campos 24 Horas mostra trechos da entrevista do presidente do Porto de Açu, Eugenio Figueiredo, sobre as tratativas que estão em curso com estimativas para que o empreendimento possa comemorar ainda este ano e o fechamento de pelo menos um contrato para instalação de uma empresa do setor."Temos muito espaço e estrutura para suprir projetos industriais e do setor de serviços que demandam grande volume de energia. E começamos a disponibilizar muitas vantagens competitivas com energia, espaço e disponibilidade de água, essencial no processo de resfriamento para manter o bom funcionamento dos equipamentos de armazenamento de dados", afirmou Figueiredo ao site Infonews.Porém, há ainda outras vantagens adicionais no complexo, como os 90 km quadrados de área, espaço propício para projetos de expansão e fazer grande movimentação de cargas e equipamentos de maior porte."Mas o diferencial do Porto como pólo atrator se afirma, principalmente, pela disponibilidade de duas usinas térmicas geradoras de energia a gás natural com três gigawats, terminal de GNL e subestações bastante robustas para mandar essa energia ao sistema interligado nacional", detalhou.Eugênio Figueiredo explicou ainda que os data centers que foram instalados no Rio e São Paulo já estão saturados e registram gargalos porque não dispõem mais de espaços para se conectar numa subestação."Não conseguem trazer essa energia, até porque esses data centers estão com sua capacidade de demanda aumentando cada vez mais, em razão do crescimento da demanda por dados", ressaltou.Outro ganho importante para atrair novos projetos como as data centers é a disponibilidade de um cabo de fibra da Embratel a 40 km do porto."Já estamos conversando com a Embratel para levarmos a extensão deste cabo submarino até o porto, além do aumento da banda que serão essenciais para o armazenamento e movimentação desses dados", acrescenta.Sobre as conversações, adiantou. "Não estamos conversando com as gigantes como a Microsoft ou Amazon, mas com empresas desenvolvedoras de sistemas que prestam serviços no meio dessa cadeia de atividades", frisou.