O deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou nesta sexta-feira (18/7) que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, não ofereceu asilo ao pai.A informação contrapõe, em partes, o que foi dito pelo aliado da família, o jornalista Paulo Figueiredo, que também está nos Estados Unidos, ao lado de Eduardo. Segundo Figueiredo, representantes do governo Trump chegaram a sugerir um plano de asilo, conforme antecipado pelo jornal O Globo.Eduardo falou sobre o caso em entrevista dada a CNN. Ele disse, ainda, que a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), “é muito mais que lamentável, é repugnante” e reforça, segundo ele, “a ditadura que estamos vivendo no Brasil”.“A gente não pode mais chamar isso de democracia. O mundo inteiro agora está conhecendo Alexandre de Moraes e está assustado, porque em lugar nenhum no mundo alguém antes da condenação já está vivendo em regime semiaberto, como meu pai”, complementou.Bolsonaro colocou tornozeleira eletrônica nesta sexta, após determinação de Moraes, relator do inquérito que investiga suposta trama golpista.Presença nos EUAO filho 03 de Bolsonaro vem circulando pelos corredores da Casa Branca, desde março, em busca de apoio das autoridades norte-americanas contra o ministro Alexandre de Moraes.Ele é investigado pela Polícia Federal, justamente, por causa dessa atuação nos Estados Unidos. Na terça-feira (8/7), Moraes atendeu a um pedido da corporação por mais prazo para concluir as investigações sobre o parlamentar por obstrução de Justiça. Com isso, o inquérito foi prorrogado por 60 dias. Leia também Mundo Eduardo Bolsonaro chama Moraes de ditador e pede resposta dos EUA Brasil “Eu tenho vergonha de usar tornozeleira”, diz Jair Bolsonaro Negócios Dólar sobe e Bolsa cai com ação contra Bolsonaro e tarifaço de Trump Mundo Veja o que mídia internacional repercutiu sobre operação contra Bolsonaro Tarifa de 50%Em relação as tarifas impostas por Trump ao Brasil, Eduardo Bolsonaro afirmou que “não haverá recuo e o Trump é muito forte. Não vai recuar”.“Eu não consigo entender essas pessoas, que em sã consciência, acham que vão fazer o Donald Trump recuar. Não haverá recuo. Eu não falo sobre o Trump e nem por ninguém do governo, mas se querem colocar Geraldo Alckmin que estava, naquela foto, ao lado de terrorista que já assassinaram milhares de americanos, não vai adiantar. Não adianta. O Lula pode ficar comendo jabuticaba e depois mandar um jornalista dentro do poll para perguntar sobre negociação. Se o Brasil não se der ao respeito, não vai ser respeitado”, argumentou Eduardo.