Após o Supremo Tribunal Federal (STF) impor o uso de tornozeleira eletrônica ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o deputado federal Filipe Barros (PL) pediu ajuda da Organização das Nações Unidas (ONU) e outros organismos internacionais. A medida foi anunciada nesta sexta-feira (18/7) pelo parlamentar, que é presidente da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CREDN) da Câmara dos Deputados. Na rede social X, Barros classificou a recente decisão contra o ex-presidente como “perseguição”. Por isso, pediu providências urgentes do Alto Comissário da ONU para Direitos Humanos, Volker Türk. Além disso, o deputado acionou o secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA) e a Comissão Interamericana de Direitos Humanos.Entre os casos apontados pelo parlamentar, por meio de ofícios e representações, estão a “criminalização da dissidência política no Brasil”, “ameaça à ordem democrática brasileira” e a “possível violação de direitos políticos e do devido processo legal”. Leia também Distrito Federal Saiba como funciona a tornozeleira eletrônica usada por Jair Bolsonaro Distrito Federal Trompetista toca marcha fúnebre após Bolsonaro colocar tornozeleira Brasil STF: 1ª Turma forma maioria para manter Bolsonaro com tornozeleira Brasil Veja Jair Bolsonaro com a tornozeleira eletrônica. Vídeo Barros é o presidente da CREDN desde março. Ele foi alçado ao cargo após Eduardo Bolsonaro (PL), antes apontado como o nome para chefiar a comissão na Câmara, se licenciar do mandato parlamentar em busca de retaliações contra autoridades brasileiras nos Estados Unidos.8 imagensFechar modal.1 de 8Fachada do Centro Integrado de Monitoração Eletrônica (CIME) VINÍCIUS SCHMIDT/METRÓPOLES @vinicius.foto2 de 8Comboio que trouxe o ex-presidente Jair Bolsonaro ao Centro integrado de monitoração Eletrônica (CIME), para colocar a tornozeleira eletrônicaSamuel Reis3 de 8Bolsonaro chegando ao Centro Integrado de Monitoração Eletrônica (CIME)VINÍCIUS SCHMIDT/METRÓPOLES @vinicius.foto4 de 8Jair Bolsonaro responde jornalistas ao deixar o Centro Integrado de Monitoração Eletrônica (CIME)VINÍCIUS SCHMIDT/METRÓPOLES @vinicius.foto5 de 8Bolsonaro responde questionamentos de jornalistasSamuel Reis6 de 8Jair Bolsonaro fala com a imprensa após colocar tornozeleira eletrônicaSamuel Reis7 de 8Bolsonaro nega intenção de deixar o BrasilSamuel Reis8 de 8Jair Bolsonaro fala com a imprensaSamuel ReisBolsonaro na mira da PFEm meio ao julgamento no STF, onde enfrenta a acusação de ter chefiado uma organização criminosa que planejou um golpe de Estado em 2022, Bolsonaro foi alvo de uma operação da Polícia Federal (PF) nesta sexta-feira (18/7). Além de ações de busca e apreensão, medidas cautelares foram impostas contra o ex-presidente, como o uso de tornozeleira eletrônica e a proibição de acessar redes sociais. De acordo com o ministro Alexandre de Moraes, responsável pelos pedidos e pela autorização da operação policial, as medidas preventivas foram tomadas para evitar uma possível fuga de Bolsonaro do país, em meio ao julgamento que corre no STF. Segundo a PF, Bolsonaro, ao lado do filho e deputado federal Eduardo Bolsonaro, atuou para que sanções fossem impostas pelos EUA contra autoridades brasileiras. O objetivo, de acordo com as investigações, é impedir o funcionamento do STF, e consequentemente da ação que pode levar a uma condenação do ex-presidente brasileiro.A operação contra Bolsonaro surge após o presidente norte-americano, Donald Trump, taxar em 50% as exportações de produtos do Brasil para os EUA. Em recentes declarações, o líder republicano confirmou que a medida possuí um plano de fundo político, e é uma retaliação direta ao julgamento do ex-presidente no STF.