Desde o início do ano, o Brasil quitou R$ 1,3 bilhão em obrigações com organismos internacionais, divulgou nesta segunda-feira (14) o Ministério do Planejamento e Orçamento.Segundo a pasta, o país está em dia com 62 organizações externas. O maior volume foi pago à Organização das Nações Unidas (ONU). De acordo com o Planejamento, o Brasil quitou integralmente as contribuições para o Orçamento regular da ONU e para o Mecanismo Residual para Tribunais Criminais (IRMCT).O governo brasileiro também fez aportes às missões de paz das Nações Unidas. “Os pagamentos reforçam o compromisso do país com o multilateralismo, a integração regional e a cooperação internacional, em áreas como comércio e finanças, saúde, direitos humanos, ciência e tecnologia, meio ambiente e desenvolvimento sustentável”, afirmou o ministério em nota.Desde 2024, o Brasil entrou na lista de países em dia com as Nações Unidas. Segundo a pasta, em 2025, o país continuará a pagar as obrigações para reafirmar o compromisso do Brasil com o sistema multilateral e com o papel da ONU em um cenário global adverso.Segundo o Planejamento, o país também quitou as contribuições com os seguintes organismos:Organização Mundial da Saúde (OMS);Organização Mundial do Comércio (OMC);Tribunal Penal Internacional (TPI);Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP);Organização Marítima Internacional (IMO);Organização Europeia para Pesquisa Nuclear (CERN), centro científico que desenvolve experimentos com subpartículas atômicas.MercosulNa esfera regional, o Brasil quitou as obrigações com as seguintes instituições:Organização dos Estados Americanos (OEA);Secretaria do Mercosul;Associação Latino-Americana de Integração (Aladi);Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA);Organização Latino-Americana de Energia (Olade), entre outros.Bancos multilateraisNa área financeira, o Brasil integralizou a cota da Corporação Financeira Internacional (IFC, na sigla em inglês), instituição financeira vinculada ao Banco Mundial que financia investimentos privados em países emergentes. O pagamento, informou o Planejamento, fortalecera a participação do Brasil nas decisões da instituição e para fomentar o financiamento de investimentos privados com impacto socioeconômico positivo, em linha com a agenda nacional de desenvolvimento.O país também iniciou o pagamento da integralização de cotas do Banco de Desenvolvimento da América Latina e do Caribe (CAF) e do Fundo Financeiro para o Desenvolvimento da Bacia do Prata (Fonplata).Meio ambienteNo ano em que sedia a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP 30), em Belém, o Brasil também honrou os compromissos com os seguintes organismos voltados à preservação ambiental. Entre os pagamentos de destaque estão os realizados às seguintes instituições:Convenção sobre Espécies Migratórias (CMS);Convenção das Nações Unidas para o Combate à Desertificação (UNCCD);Convenção sobre o Comércio Internacional das Espécies da Flora e Fauna Selvagens Ameaçadas de Extinção (CITES).*Com informações da Agência Brasil Leia também Após anúncio de Trump, governistas defendem uso da Lei da Reciprocidade contra os EUA Trump envia carta a Lula e impõe tarifa de 50% a produtos brasileiros Brasil e Índia pedem vagas permanentes no Conselho de Segurança da ONU