Alckmin diz que Brasil pode pedir adiamento de tarifa aos EUA

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O vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin (PSB), afirmou, nesta quarta-feira (16), que o Brasil poderá solicitar aos Estados Unidos o adiamento da tarifa de 50% sobre produtos brasileiros, caso seja necessário. A tarifa começa a ser aplicada no dia 1° de agosto.“O bom é que se resolva nos próximos dias, mas, se houver a necessidade de prorrogar durante as negociações, não vejo problema”, disse Alckmin.As declarações foram dadas após reunião do governo com empresas dos EUA para tratar da tarifa de 50% anunciada por Donald Trump sobre a importação de produtos brasileiros. Leia Mais Alckmin defende Pix e diz que Brasil irá se explicar aos EUA 62% veem tarifa de Trump como injustificada, diz AtlasIntel Após tarifas, frigoríficos do MS interrompem produção destinada aos EUA A reunião acontece no contexto do comitê interministerial criado pelo governo para formular a resposta brasileira à tarifa.Esse é o segundo dia de reuniões do comitê. Na última terça-feira (15), foi realizada a primeira rodada de conversas.O governo se reuniu com representantes da indústria e do agronegócio nacional, que solicitaram que o Executivo negocie com os Estados Unidos uma ampliação do prazo para o início de vigência da tarifa de 50% sobre produtos brasileiros, previsto para 1° de agosto.A ideia do Planalto com o grupo é aproveitar a interlocução e o acesso dos empresários brasileiros ao mercado dos EUA para alinhar o discurso entre os setores público e privado e definir a melhor estratégia de negociação.Análise: Governo não quer demonstrar fraqueza | Fechamento de MercadoO vice-presidente argumenta que, antes de o governo tomar qualquer decisão, é fundamental ouvir o setor privado, que mantém interlocução direta com o mercado norte-americano.A decisão de criar o comitê foi tomada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Os trabalhos são comandados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, liderado por Alckmin, com apoio da Fazenda, Casa Civil, Itamaraty e Relações Institucionais.Entenda o tarifaço de Trump sobre Brasil e como impacta a economia