Dra. Laine Moser, Nutricionista: “Cinco alimentos que jamais entram na minha casa. Salgadinhos, Cheetos, Doritos, Fandangos, não importa”

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Cinco alimentos que jamais entram na casa de uma nutricionista especializada em emagrecimento saudável podem revelar muito sobre os riscos ocultos de produtos aparentemente inofensivos. A Dra. Laine Moser, nutricionista reconhecida por suas orientações práticas sobre alimentação, alerta sobre itens comuns no dia a dia brasileiro que podem comprometer seriamente os objetivos de quem busca uma vida mais saudável.A especialista explica que sua seleção não é baseada apenas em preferências pessoais, mas em evidências científicas sólidas sobre os impactos desses alimentos na saúde. Cada produto mencionado apresenta características específicas que os tornam problemáticos para o consumo regular, seja pelo alto valor calórico, pela presença de substâncias potencialmente nocivas ou pela ausência de benefícios nutricionais reais.Por que os salgadinhos são considerados tão prejudiciais por nutricionistas?Os salgadinhos industrializados como Doritos, Cheetos e Fandangos representam verdadeiras bombas calóricas concentradas em pequenas porções. Um pacote grande de Doritos pode conter até 900 calorias, o equivalente ao valor energético total recomendado para um dia inteiro. Para uma porção de 25g, os Doritos apresentam 120 calorias, mas é praticamente impossível se contentar com essa quantidade mínima.A combinação de gorduras, sal e realçadores de sabor torna esses produtos altamente viciantes. Pesquisas científicas compararam o efeito dos biscoitos recheados no cérebro com substâncias como cocaína e morfina, demonstrando o potencial de dependência desses alimentos ultraprocessados. Além disso, são ricos em gorduras trans e sódio, substâncias que contribuem para problemas cardiovasculares e hipertensão.Qual a relação entre carnes processadas e o risco de câncer?A Organização Mundial da Saúde (OMS) classificou oficialmente carnes processadas como bacon, presunto, mortadela, salsicha e salame no Grupo 1 de substâncias cancerígenas para humanos. Esta classificação coloca esses alimentos na mesma categoria do cigarro e da fumaça de óleo diesel em termos de evidências científicas sobre o risco cancerígeno.Estudos demonstram que cada porção de 50 gramas de carne processada consumida diariamente aumenta o risco de câncer colorretal em 18%. A Agência Internacional de Pesquisa em Câncer da OMS baseou essa decisão em mais de 800 estudos que analisaram a associação entre o consumo desses produtos e diversos tipos de câncer em diferentes populações.Por que o achocolatado é considerado “açúcar com gosto de chocolate”?O achocolatado tradicional como Toddy possui aproximadamente 70% a 85% de açúcar em sua composição, enquanto apenas 15% a 30% corresponde ao cacau. Isso significa que quando uma criança consome achocolatado, está ingerindo principalmente sacarose disfarçada de chocolate. Uma porção de 20g do produto pode conter até 16g de açúcares, ultrapassando facilmente as recomendações diárias para crianças.O primeiro ingrediente listado no rótulo da maioria dos achocolatados é açúcar, não cacau, confirmando que se trata de um produto adoçado artificialmente. A Organização Mundial da Saúde estabelece que o consumo de açúcares livres não deve exceder 10% do valor energético total diário, limite facilmente ultrapassado com uma única porção de achocolatado preparado.Biscoitos recheados fit realmente têm mais calorias que os normais? Ver essa foto no Instagram Uma publicação compartilhada por Dra. Laine Moser | Nutricionista (@dralainemoser)Surpreendentemente, muitos biscoitos recheados na versão fit podem apresentar valores calóricos similares ou até superiores aos tradicionais. Isso ocorre porque a redução de açúcar frequentemente é compensada pelo aumento de gorduras ou outros ingredientes para manter sabor e textura. O biscoito recheado light tem 433 calorias por 100g, enquanto versões convencionais variam entre 430-450 calorias.O problema principal não está apenas no valor calórico, mas na falsa sensação de segurança que a palavra “fit” proporciona. Muitas pessoas consomem quantidades maiores desses produtos acreditando estarem fazendo escolhas mais saudáveis, quando na realidade mantêm o mesmo padrão de consumo de produtos ultraprocessados ricos em açúcares, gorduras trans e aditivos químicos.O óleo de coco justifica seu preço elevado pelos benefícios oferecidos?O óleo de coco é composto por mais de 90% de gordura saturada, apresentando 110 calorias por colher de sopa. Embora possua ácidos graxos de cadeia média que podem ter alguns benefícios metabólicos, a American Heart Association recomenda limitar o consumo de gorduras saturadas a no máximo 10% das calorias diárias totais. Para uma dieta de 2.000 calorias, isso equivale a apenas 2 colheres de sopa de óleo de coco.Quanto aos benefícios para cabelos e pele, estudos mostram que o óleo de coco pode ter propriedades hidratantes devido ao ácido láurico. Contudo, existe uma ampla variedade de produtos menos custosos e igualmente eficazes para esses fins. O alto preço do óleo de coco, frequentemente custando o equivalente a “um rim” como menciona a especialista, não se justifica pelos benefícios limitados que oferece.Quais alternativas saudáveis podem substituir esses alimentos?Para substituir salgadinhos, opte por castanhas sem sal, chips de vegetais assados em casa ou pipoca feita com pouco óleo. No lugar de carnes processadas, prefira carnes frescas, ovos, leguminosas ou combinações como arroz com feijão que fornecem proteínas completas. O achocolatado pode ser substituído por cacau em pó puro misturado com leite e adoçado naturalmente com frutas.Biscoitos recheados podem ser trocados por frutas frescas, oleaginosas ou receitas caseiras com ingredientes integrais e menos açúcar. Para cozinhar, substitua o óleo de coco por azeite extravirgem, que possui gorduras monoinsaturadas benéficas ao coração, ou use o próprio óleo de coco com moderação dentro das recomendações de consumo de gorduras saturadas estabelecidas por órgãos de saúde.Quais fontes oficiais validam essas recomendações nutricionais?Fontes consultadas:INCA – Instituto Nacional de Câncer: Classificação da OMS sobre carnes processadas: https://www.inca.gov.br/noticias/oms-classifica-carnes-processadas-como-cancerigenasOrganização Mundial da Saúde – Declaração oficial sobre carnes processadas e câncer colorretalMinistério da Saúde – Guia Alimentar para a População Brasileira sobre produtos ultraprocessadosAmerican Heart Association – Recomendações sobre consumo de gorduras saturadasO post Dra. Laine Moser, Nutricionista: “Cinco alimentos que jamais entram na minha casa. Salgadinhos, Cheetos, Doritos, Fandangos, não importa” apareceu primeiro em Terra Brasil Notícias.