‘Questão do Bolsonaro é do Judiciário e não atrapalha negociações com EUA’, diz Alckmin

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O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, disse nesta sexta-feira (18), que a operação contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) realizada mais cedo é uma questão do Poder Judiciário, não do Executivo, e não deverá atrapalhar nas negociações com os Estados Unidos em torno da imposição de tarifas a produtos brasileiros. “Cabe ao Poder Judiciário, não é atribuição do Poder Executivo. Mas queria dizer que nós tivemos uma semana de trabalho intenso, ouvindo todo o setor produtivo, a indústria, o agro, hoje ouvimos o setor da mineração, que tem também uma interface grande com os Estados Unidos”, disse Alckmin, acrescentando que a imposição de medidas cautelares “não pode e não deve” interferir na negociação tarifária. Siga o canal da Jovem Pan News e receba as principais notícias no seu WhatsApp! WhatsApp “Porque a separação dos Poderes é base do Estado de Direito, tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos. Os Poderes são independentes, isso é de Montesquieu, isso não é de hoje”. “Não há relação entre uma questão jurídica ou política e tarifa. É até um precedente muito ruim essa relação entre política tarifária, que é regulatória, sobre questões de outro Poder”, completou.O vice-presidente disse que a carta assinada por ele e pelo chanceler Mauro Vieira, enviada ao governo dos EUA na quarta-feira, 16, ainda não foi respondida. No documento, o governo manifestou “indignação” com o anúncio de sobretaxa de 50% sobre produtos brasileiros, mas informou estar disposto a negociar. As autoridades brasileiras também cobraram resposta a uma outra mensagem enviada em maio que continha uma proposta sigilosa com sugestões de negociação.*Com informações do Estadão Conteúdo