Um morador do Distrito Federal pode ter um membro amputado e corre até risco de morte porque o Hospital Regional de Ceilândia (HRC) tem demorado a realizar uma cirurgia. O autônomo Valdenor Gonçalves da Silva (foto em destaque), 63 anos, está com o pé direito em necrose por conta de complicações do diabetes e precisa de uma intervenção imediata. Há, inclusive, uma ordem judicial para que Valdenor seja operado, mas o hospital ainda não fez o procedimento.Fotos e vídeos registrados pela família dão conta da gravidade do quadro do paciente. As imagens são fortes.Veja:8 imagensFechar modal.1 de 82 de 8Valdenor Gonçalves da Silva, 63 anosMaterial cedido ao Metrópoles3 de 8Valdenor está internado desde 26 de julho aguardando cirurgia no pé direitoMaterial cedido ao Metrópoles4 de 8Membro do paciente está em necroseMaterial cedido ao Metrópoles5 de 8Valdenor chegou com o pé em estado semelhante a esse, mas, sem intervenção cirúrgica, o quadro piorouMaterial cedido ao Metrópoles6 de 8Quadro foi agravado pelo fato de o paciente ter diabetes, diz a famíliaMaterial cedido ao Metrópoles7 de 8Paciente pode perder o pé e até mesmo morrer caso não haja intervençãoMaterial cedido ao Metrópoles8 de 8Família busca respostas para o casoMaterial cedido ao MetrópolesO autônomo deu entrada na enfermaria do HRC em 26 de julho. Em relatório médico produzido pela unidade a pedido da família cerca de 20 dias depois, o hospital informa que o paciente tinha “presença de osteomielite [infecção óssea]” e estava “em aguardo de leito no anexo para agendar abordagem cirúrgica”.O relatório em questão, assinado por um médico da unidade, confirma ainda “piora progressiva importante” e “extremamente secretiva, fétida e com edema” no pé direito de Valdenor. “A cirurgia realizada o quanto antes pode evitar a piora clínica e laboratorial do paciente”, afirma o documento.Sobrinho de Valdenor, o analista bancário Gabriel Frota, 28, aponta omissão e demora na tomada de providências médicas adequadas. “A desculpa, agora, é que o médico está de férias e que não tem ninguém para operar o meu tio. Ele já estava com a cirurgia agendada há duas semanas, porém, um caso urgente passou à frente e suspenderam a intervenção”, conta o rapaz.A demora na cirurgia pode levar Valdenor não só à amputação, mas também a óbito. “O pé dele está quase todo tomado pela necrose, o que representa risco não apenas de amputação mais extensa, mas também de infecção generalizada e até de morte”, aponta o sobrinho.“Os médicos reconhecem a necessidade de cirurgia imediata, mas, apesar da gravidade, o procedimento não está sendo realizado”, ressalta Gabriel.Desesperada, a família já esgotou as próprias forças para tentar resolver o problema de Valdenor. “Estamos sem saber o que fazer”, conta Gabriel. “Meus primos, filhos dele, têm feito visitas diárias. Fui vê-lo no sábado e não aguentei ver o pé dele, passei mal”, confessa.“O sentimento que temos é de muita tristeza e sofrimento. Além disso, ele próprio está com o psicológico muito abalado, pedindo uma solução”. Leia também Distrito Federal Jovem é picada por escorpião dentro de provador em loja de grife no DF Distrito Federal MS descredencia 219 estabelecimentos do Farmácia Popular no DF Distrito Federal Grávida que percorria 60 km até o serviço irá trabalhar perto de casa Distrito Federal DF: MPT denuncia insalubridade e perigo na rotina de agentes de saúde RespostaEm nota, a Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) informou que Valdenor “encontra-se sob acompanhamento e assistência da equipe do HRC”. A pasta alegou que “todos os protocolos clínicos e assistenciais estão sendo devidamente seguidos, e todas as informações estão sendo repassadas ao paciente e a seus familiares”.