Carlos dormiu. Ao raiar do novo dia, porém, a explosão. Um estrondo grave que não era tiro nem escapamento de moto. Carlos se levantou como um personagem de desenho animado e, imóvel e de olhos arregalados, era como se aguardasse o impacto de um avião contra o solo. Naquele instante, porém, ele não pensou na demissão, nem no chefe, nem na política que tanto o angustiava. Carlos pensou apenas que estava vivo, que um novo dia, cheio de possibilidades, estava nascendo, e que em breve estaria reclamando alegremente do chorinho da Maria.Texto inspirado nesta notícia: https://g1.globo.com/pr/parana/noticia/2025/08/14/ex-funcionario-demitido-explosao-fabrica-grande-curitiba.ghtml