O governo do presidente da Argentina, Javier Milei, sofreu um revés legislativo na quinta-feira (21), depois que o Senado rejeitou uma série de decretos presidenciais e aprovou aumentos orçamentários para universidades públicas.Milei tem buscado controlar a inflação no país com uma austeridade rigorosa e bloqueando quaisquer leis que o Congresso, controlado pela oposição, possa aprovar e que afetem as finanças do Estado.Os senadores aprovaram o financiamento de universidades nacionais, incluindo um aumento nos salários de seus funcionários. Eles também debateram um aumento no orçamento da saúde por meio da declaração de uma emergência pediátrica por dois anos.“A universidade pública argentina é parte de nossa identidade nacional, e defendê-la é uma decisão para o futuro”, disse a senadora Alejandra Vigo, da aliança peronista de oposição.Milei afirmou que vetará leis que envolvam um aumento nas alocações orçamentárias.SAIBA MAIS: Quer receber análises confiáveis sobre o universo cripto? Cadastre-se para receber a newsletter gratuita do Crypto TimesA câmara alta também rejeitou cinco decretos presidenciais que buscavam reduzir a estrutura do Estado, um revés para o ajuste fiscal de Milei, que ele vem promovendo desde que assumiu o cargo em dezembro de 2023.O governo, que tem minoria tanto no Senado quanto na Câmara dos Deputados, enfrentou outro obstáculo legislativo na quarta-feira (20), quando representantes da oposição conseguiram os votos necessários para anular um veto que Milei impôs em um aumento nos subsídios para deficientes.“Enfrentamos um Congresso sequestrado pelo kirchnerismo (peronismo), um Congresso que responde apenas aos seus próprios interesses”, disse Milei anteriormente em um evento com líderes empresariais.“Eles nos lembraram que têm apenas uma agenda legislativa, que é a falência do Estado nacional”, acrescentou.