“Vale tudo” na vida real: 25% das empresas brasileiras fecha no primeiro ano

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Empreender pode ser como uma novela. No capítulo do último sábado (23) da novela Vale Tudo, a vilã Odete Roitman (Débora Bloch) informou sua nova sócia, Raquel (Taís Araújo), que fecharia o restaurante da mocinha. Na vida real, a manobra pode ser questionável em termos legais, já que a legislação brasileira impõe obstáculos maiores para sócios majoritários fazerem como a vilã. No entanto, empresas brasileiras vivem outros tipos de desafios o que faz com que uma a cada quatro empresas que geram empregos no país não sobreviva ao primeiro ano de funcionamento. O dado é de um relatório do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e mostra a alta taxa de mortalidade dos negócios. Leia também: Agosto: mês chamado de “desgosto” é o melhor para empreender no BrasilEm 2017, de acordo com os dados, apenas 76,2% das empresas empregadoras seguiram ativas até 2018. No longo prazo, a taxa de sobrevivência despenca: apenas 37,3% conseguiram ficar abertas após cinco anos.Em números absolutos, o levantamento “Demografia das Empresas e Estatísticas de Empreendedorismo” registrou 210,7 mil “mortes” de empresas em 2020 por encerramento de atividades ou por interrupções de mais de dois anos.Para a educadora financeira da Rico, Thaisa Durso, a sobrevivência de um negócio depende, principalmente, de planejamento financeiro. “Compreender a diferença entre custos fixos e variáveis, calcular a margem de lucro e saber o ponto de equilíbrio é essencial para evitar prejuízos e garantir que cada venda contribua para o crescimento da empresa”, afirma.Leia também: Housi: a spin-off de uma construtora que vai faturar mais de R$ 600 milhões em 2025Caminhos para sobreviverPara a especialista, separar as finanças pessoais das empresariais é outro ponto crítico para quem deseja crescer de forma sustentável. “Usar a mesma conta para despesas pessoais e da empresa dificulta saber se o negócio está dando lucro ou se o que foi gasto veio do próprio salário”, alerta.Entre as recomendações para sobreviver ainda estão manter contas bancárias separadas, definir um pró-labore fixo, registrar todas as movimentações financeiras e contar com ferramentas de gestão para acompanhar o fluxo de caixa.Na avaliação de Thaisa, disciplina e clareza na gestão aumentam as chances de longevidade. “Saber exatamente quanto custa produzir, qual é a margem e quantas vendas são necessárias para atingir o ponto de equilíbrio funciona como um painel de controle do negócio”, resume.The post “Vale tudo” na vida real: 25% das empresas brasileiras fecha no primeiro ano appeared first on InfoMoney.