Master e BRB: o que diz Roberto Campos Neto

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“Tempo no sistema bancário é importante”, afirmou o ex-presidente do Banco Central (BC) Roberto Campos Neto ao comentar a compra de parte do Banco Master pelo BRB em entrevista ao Metrópoles. Leia também Dinheiro e Negócios BRB atualiza números da compra de parte do Banco Master Dinheiro e Negócios Ações do BRB sobem após avanço para concretizar compra do Master Roberto Campos Neto completou: “Ainda mais quando uma instituição está sangrando, apesar de [eu] não saber se é ou não o caso específico. Mas tenho muita confiança de que vai levar o tempo necessário para o embasamento técnico”, afirmou.O ex-presidente do BC destacou: “Independentemente de qual seja a decisão, tenho certeza que ela será bem embasada. Será o melhor para o Brasil”.Roberto Campos Neto é tido como padrinho de Renato Gomes. Ele é o atual diretor de Organização do Sistema Financeiro e de Resolução do Banco Central, responsável por decidir sobre a transação e levar seu voto ao colegiado.Na última quarta-feira (20/8), o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), sancionou a lei que destrava a transação. O negócio já foi aprovado pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). Falta, agora, a decisão do BC para que a compra seja concretizada.Nesta sexta-feira (22/8), o BRB informou, por meio de fato relevante, que excluiu aproximadamente R$ 51,2 bilhões em ativos e passivos da operação de compra.“Do lado do ativo, foram retirados precatórios no total de R$ 9,43 bilhões, R$ 7,59 bilhões em operações de crédito concentradas ou sem garantias reais, determinados fundos de investimento em direitos creditórios e ações no total de R$ 19,48 bilhões, certificados de recebíveis imobiliários de R$ 2,47 bilhões, exclusão de R$ 12,28 bilhões em outros créditos, incluindo recebíveis de ativos judiciais e posições cujas contrapartes não foram avaliadas”, diz o comunicado.Quanto aos passivos, “além de depósitos interfinanceiros entre empresas do conglomerado Master, foram excluídos aproximadamente R$ 33 bilhões de Certificados de Depósitos Bancários (CDBs) que são depósitos a prazo distribuídos por plataformas de investimento e cujo custo de captação é próximo a 120% da taxa de Depósito Interfinanceiro (CDI)”.