O ex-presidente Michel Temer (MDB) disse em entrevista ao UOL nesta quinta-feira, 21, que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) “tem prestígio e popularidade”, mas que o cenário para as eleições de 2026 é incerto. Ele acrescentou que o eleitorado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) “vai ter peso” na candidatura que ele venha a apoiar.“Não há dúvida de que ele (Lula) tem prestígio e tem popularidade, como tem popularidade também o Bolsonaro, não vamos esquecer disso”, afirmou, avaliando que, inelegível, o ex-presidente pode influenciar o resultado do pleito ao declarar seu apoio. “É muito difícil nesse momento dizer qual é a solução para 2026”, disse.Temer voltou a pregar a pacificação do país, listando os males da polarização. “Ouço muita gente e verifico que há uma busca de uma candidatura moderada que fuja dessa radicalização, que lançou brasileiros contra brasileiros, instituições contra instituições e corporações contra corporações”, declarou.Leia tambémLula brinca sobre boato de ter sido substituído por clone: ‘Sou o quinto’O chefe do Executivo também repetiu sua meta de viver até os 120 anosEle sugeriu que um dos governadores cotados para saírem candidatos à Presidência em 2026 pode ser essa candidatura, afirmando tratar-se de uma “safra formidável”, e acrescentou tê-los aconselhado a se unir em torno de um projeto de governo.“Quando o quinto governador falou comigo eu disse: ‘Olha, eu vejo que vocês têm as mesmas ideias. O ideal dos ideais é que vocês primeiro pudessem lançar um projeto para o país, e depois vocês veem quem de vocês pode representar esse projeto’. Não é fácil, mas seria o ideal”, disse.Entre os governadores tidos como presidenciáveis estão Tarcísio de Freitas (Republicanos), de São Paulo; Ratinho Júnior (PSD), do Paraná; Eduardo Leite (PSD), do Rio Grande do Sul; Romeu Zema (Novo), de Minas Gerais; e Ronaldo Caiado (União), de Goiás. Os dois últimos já lançaram oficialmente suas pré-candidaturas ao Palácio do Planalto.O ex-presidente comentou outros assuntos, como o embate com o governo dos Estados Unidos diante do tarifaço e a aplicação da Lei Magnitsky para sancionar o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que Temer indicou para a Corte durante seu mandato.Para ele, que se refere a Moraes como “um grande constitucionalista”, trata-se de um “exagero brutal e sem precedentes”. “Esta lei visa na verdade pegar corruptores, genocidas, pessoas que agridem direitos humanos de uma forma violentíssima”, disse.The post Para Temer, Lula ‘tem prestígio’, mas cenário de 2026 ainda é incerto appeared first on InfoMoney.