Moraes diz que Judiciário covarde não é independente e que juiz precisa saber lidar com pressão

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O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes afirmou nesta sexta-feira que o Judiciário brasileiro é independente e um juiz precisa saber lidar com a pressão interna ou externa.“Judiciário vassalo, covarde, que quer fazer acordos para que o país momentaneamente deixe de estar conturbado, não é um Judiciário independente. No Brasil o Judiciário é independente”, disse ele em evento do Lide no Rio de Janeiro.SAIBA MAIS: Quer receber análises confiáveis sobre o universo cripto? Cadastre-se para receber a newsletter gratuita do Crypto TimesSem citar casos específicos, Moraes também disse que os juízes precisam saber lidar com pressão e quem não suportar deve buscar outro ofício.“Os ataques podem continuar a ser realizados de dentro ou de fora, pouco importa. O juiz que não resiste à pressão que mude de profissão e vai fazer outra coisa na vida.”Relator do processo sobre golpeMoraes é o relator do processo no qual o ex-presidente Jair Bolsonaro é acusado de tentar tramar um golpe de Estado após perder a eleição presidencial de 2022.O ministro do STF é relator também de inquérito que investiga Bolsonaro por suspeita de atuar com o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), seu filho, junto a autoridades dos Estados Unidos para coagir o Supremo. Moraes determinou a prisão domiciliar do ex-presidente no bojo desse inquérito por descumprimento de medidas cautelares.O julgamento do caso de golpe de Estado na Primeira Turma do STF está marcado para setembro. Aliados tentam aprovar no Congresso uma anistia que beneficie o ex-presidente.“Não se pode atentar contra a democracia e, se der certo, é uma ditadura; se não der certo, desculpa, volto para casa para me reorganizar. Tem que assumir seus atos”, frisou Moraes, novamente sem mencionar qualquer caso específico.O ministro do Supremo sofreu sanções do governo dos Estados Unidos, acusado de autorizar prisões arbitrárias antes do julgamento e de suprimir a liberdade de expressão, crítica ecoada pelos bolsonaristas.