Poupex vai pagar R$ 2,1 milhões em multas após casos de assédio sexual

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A Associação de Poupança e Empréstimo Poupex firmou um acordo com o Ministério Público do Trabalho no Distrito Federal (MPT-DF) para encerrar investigações relacionadas a práticas de assédio moral, assédio sexual e discriminação em suas unidades. Pelo Termo de Compromisso de Ajustamento de Conduta (TAC) nº 113/2025, a instituição financeira se comprometeu a adotar medidas preventivas e a pagar R$ 2,1 milhões de indenização por dano moral coletivo, em 14 parcelas de R$ 150 mil, de agosto de 2025 a setembro de 2026. Leia também Brasil Assédio moral na Comissão de Anistia causa afastamentos e burnout Paulo Cappelli Parecer da OAB complica Nelson Wilians em denúncia de assédio moral Entre as obrigações previstas no TAC está a criação — ou aprimoramento, se já existir — de uma Comissão de Combate ao Assédio Moral e Sexual, no prazo de 60 dias. O grupo deverá ser formado por pessoas capacitadas, atuar com perspectiva de gênero e seguir critérios objetivos para escolha e funcionamento.O acordo também estabelece que a Poupex assegure acesso livre e digno aos banheiros durante toda a jornada, sem controles excessivos de tempo ou exigência de autorização prévia aos funcionários.Outra cláusula veda dispensas discriminatórias, principalmente em casos de gravidez, idade avançada, doenças, deficiências ou condições crônicas de saúde. A instituição deve garantir igualdade de tratamento e evitar ambientes hostis que possam pressionar empregados a pedir demissão.Segundo o MPT, os valores serão revertidos para fundo específico, destinados a instituições de interesse público ou convertidos em doações de bens materiais para entidades beneficentes, a serem definidos no momento oportuno.A reportagem entrou em contato com a Poupex para obter um posicionamento sobre o acordo e as medidas previstas no TAC, mas até o fechamento desta matéria não havia recebido resposta. O espaço segue em aberto.