O número de pinguins encontrados mortos no litoral de São Paulo chegou a 881, segundo balanço atualizado pelo Instituto de Pesquisas Cananéia (IPeC) até a última segunda-feira (25). Apenas um animal foi resgatado com vida e segue em processo de reabilitação. A maior concentração de ocorrências foi registrada em Ilha Comprida, no litoral sul, onde, no dia 19, o instituto já havia comunicado a morte de 350 pinguins em um intervalo de quatro dias. Em nota divulgada nas redes sociais, o IPeC informou que os monitoramentos recentes na região encontraram um grande número de pinguins-de-magalhães (Spheniscus magellanicus) encalhados, todos já em estágio avançado de decomposição, o que impede a determinação exata da causa das mortes.Apesar disso, o instituto aponta como possíveis fatores a longa migração, a escassez de alimento, além de parasitoses, infecções e a interação com atividades pesqueiras. O trabalho de monitoramento segue sendo feito pelo Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS), que acompanha registros em Iguape, Ilha Comprida e Cananéia. Siga o canal da Jovem Pan News e receba as principais notícias no seu WhatsApp! WhatsApp Em comunicado publicado em 18 de agosto, o IPeC já havia alertado para um cenário preocupante nesta temporada, com grande número de animais encalhados, muitos deles debilitados. Em comparação com os dois anos anteriores, os pinguins de 2025 têm chegado às praias:Com baixo peso e casos de hipotermia severa;Com sinais de interação com redes de pesca;E apresentando problemas respiratórios significativos.Naquela data, o instituto havia registrado 166 animais, dos quais apenas 19 estavam vivos e puderam ser encaminhados para reabilitação. Entre os sobreviventes, destaca-se o P07, sétimo pinguim a ser resgatado nesta temporada. Encontrado no dia 4 de julho, na Praia da Jureia (SP), o animal permanece em recuperação na base do IPeC.Alerta do instituto para a população:Caso você encontre algum animal marinho debilitado na região de Cananéia, Iguape e Ilha Comprida, entre em contato:Telefones: (13) 3851-1779 ou 0800 642 33 41WhatsApp: 13 9 9691 7851 Leia também Cavalo que teve as patas amputadas em Bananal estava vivo antes da mutilação, diz nova perícia Cracolândia se espalha por novas regiões de São Paulo e violência aumenta no centro *Com informações do Estadão Conteúdo