Risco para o consumidor: Café fake é vendido em Campos e outras cidades do Estado

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A Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic) identificou a venda de cafés falsificados em Campos, Irajá, na cidade do Rio, e em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. Vendidos a preços entre R$ 20 e R$ 25, os produtos são torrados e moídos em locais não convencionais e são colocados em embalagens que imitam as de grandes marcas.Os cafés falsificados são geralmente vendidos em locais de grande circulação de pessoas, como pontos de ônibus, estações de trem e centros de distribuição de alimentos.— Através dos SACs das empresas, os consumidores se comunicam com as marcas, que verificam se há inconsistência nos números dos lotes. Aqui no Rio, as denúncias iniciais ocorreram em 2024, e em São Paulo, agora em agosto de 2025. Há uma suspeita de que é a mesma quadrilha, e existe investigação em andamento — conta Celírio Inácio, diretor executivo da associação.A Abic alerta que produtos falsificados não passam por nenhum controle de qualidade, o que pode colocar a saúde do consumidor em risco, além de prejudicar toda a cadeia produtiva do café. Como evitar - Comprar café somente em estabelecimentos confiáveis e autorizados;Verificar a embalagem, procurando o Selo da Abic, acompanhado de QR Code, que deverá ser escaneado para confirmar a autenticidade e a procedência do produto;Desconfiar de produtos com preços abaixo da média praticada no mercado. A ABIC tem um canal exclusivo para que o consumidor possa denunciar café com suspeita de fraude, falsificado ou com preço muito abaixo do mercado. Basta enviar um e-mail para denuncias@abic.com.br, com as seguintes informações: marca, nome do fabricante, local de venda com endereço ou referência e foto frente e verso do produto (precisa ser nítida e com dados legíveis). Após o envio, a Abic encaminha os dados para as entidades competentes fiscalizarem o produto.Quais são os riscos - A composição dos cafés falsificados pode representar vários riscos ao consumidor. Em uma operação em abril deste ano, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) encontrou produtos feitos de cascas de grãos e de outros elementos que são considerados “lixo” da lavoura de café, como grãos ardidos, defeituosos, que são dispensados no processo de produção.Em junho, o órgão proibiu a fabricação, a comercialização, a distribuição, a propaganda e o uso de três marcas de pó para preparo de café por apresentarem matéria-prima imprópria para consumo humano, contaminada com ocratoxina A, uma substância tóxica produzida por fungos. De acordo com pesquisas recentes, ela já foi ligada a aumento do risco para o desenvolvimento de tumores no esôfago, assim como problemas nos rins e no fígado.Além disso, foi identificada a presença, acima do limite legal de 1%, de matérias estranhas e impurezas, como cascas e resíduos de cafés, incorretamente rotuladas como “polpa de café” e “café torrado e moído”.Fonte: Extra