Minas Gerais registra sexto tremor de terra em agosto

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O estado de Minas Gerais registrou, na tarde de terça-feira (26), o sexto tremor de terra somente neste mês de agosto. De acordo com a RSBR (Rede Sismográfica Brasileira), o abalo sísmico de magnitude 2.3 na Escala Richter, ocorreu às 14h13 e teve epicentro localizado próximo à cidade de Frutal (MG).O sismo foi registrado pelas estações da RSBR e analisado pelo Centro de Sismologia da USP. O órgão ainda informou que não houve relatos de que o tremor teria sido sentido pela população.O caso em Frutal é o mais recente entre os seis fenômenos que ocorreram em agosto. Segundo as informações analisadas, esse é o quarto dia seguido que um abalo é resgitrado no estado mineiro. Veja abaixo a lista de tremores que ocorreram durante o mês: 01/08 – Planura/MG: Magnitude 2.2 mR15/08 – Araçuaí/MG: Magnitude 1.9 mR23/08 – Sete Lagoas/MG: Magnitude 1.9 mR24/08 – Sete Lagoas/MG: Magnitude 2.5 mR25/08 – Pirajuba/MG: Magnitude 2.8 mR26/08 – Frutal/MG: Magnitude 2.3 mRUm sismólogo do Centro de Sismologia da USP e da RSBR, Bruno Collaço, afirmou que tremores de terra em Minas Gerais não são incomuns. “É o estado com o maior número de abalos sísmicos registrados. Os tremores naturais, na sua grande maioria, se devem às grandes pressões geológicas que atuam na crosta terrestre”, explica o especialista. Leia Mais Pará registra dois tremores de terra em menos de 24 horas Terremoto de 2.5 na Escala Richter atinge Minas Gerais Tremor de terra de magnitude 2.2 mR atinge município do Paraná Entenda a Escala RichterOs cientistas usam a “escala de magnitude de momento” para categorizar a força e o tamanho dos terremotos de uma forma mais precisa do que a “escala Richter”, usada há muito tempo, afirma o Serviço Geológico dos EUA.Esta escala de magnitude de momento é baseada no “momento sísmico” do terremoto, que explica o quanto a crosta terrestre se desloca em um terremoto, o tamanho da área ao longo da fissura da crosta e a força necessária para superar o atrito naquele local, juntamente com o ondas sísmicas que a mudança cria.A magnitude do momento será maior se houver mais atrito e deslocamento ao longo de uma distância maior.As ondas sísmicas são medidas por sismógrafos, que utilizam um pêndulo preso a uma mola que se move com o tremor da Terra, gerando uma espécie de gráfico denominado sismograma.A magnitude é classificada em 10 números, com cada aumento de número inteiro igual a 32 vezes mais energia liberada.Medindo a intensidade de um terremotoA intensidade de um terremoto é medida usando a “Escala Mercalli Modificada” de intensidade, ou MMI.Ele mede a força do abalo de um terremoto em locais específicos ao redor de seu epicentro – o ponto na superfície da Terra diretamente acima da origem subterrânea do terremoto.A escala MMI usa algarismos romanos para determinar a intensidade de um terremoto com base em avaliações de danos estruturais e relatórios de observadores.É importante considerar a intensidade, uma vez que o terreno, a profundidade, a localização e muitos outros fatores desempenham um papel significativo na devastação que um terremoto pode causar.* Sob supervisão de Carolina Figueiredo