Atuação do crime organizado em fundos foi pontual, diz Receita

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Durante a coletiva de imprensa realizada nesta quinta-feira (28) para detalhar os desdobramentos das operações Carbono Oculto, Quasar e Tank, o auditor fiscal da Receita Federal Cláudio Ferrer de Souza afirmou que não há indícios de atuação sistêmica do crime organizado no centro financeiro da Avenida Faria Lima, em São Paulo.“De modo algum a Faria Lima tem problema com o crime organizado. O que houve foi alguma contaminação pontual, específica, em algumas administradoras de recursos com grau de sofisticação, que utilizam o sistema financeiro para efetivamente lavar dinheiro, ocultar esse produto do crime”, disse Ferrer.Leia tambémPF: Megaesquema de lavagem era “disponível para qualquer organização criminosa”“Essas estruturas funcionavam como lavanderias financeiras profissionalizadas”, explicou o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei RodriguesBilhões de reais, mil postos, centenas de imóveis: números da operação contra o PCC“Estamos falando de esquemas que operavam com múltiplas camadas, como fundos de investimento com estruturas societárias complexas e blindagem patrimonial”, explicou o diretor-geral da PF, Andrei RodriguesA declaração ocorre após a deflagração de operações que miraram fundos de investimento com sede em endereços do centro financeiro de São Paulo, alguns dos quais com vínculos identificados com esquemas de lavagem de dinheiro ligados ao Primeiro Comando da Capital (PCC). A Polícia Federal realizou busca e apreensão, por exemplo, na sede da Reag Investimentos.A Receita Federal identificou pelo menos 40 fundos fechados com estrutura em cascata (um único cotista, geralmente outro fundo), com patrimônio estimado em R$ 30 bilhões, usados como instrumentos de ocultação patrimonial e movimentação de recursos ilícitos. Parte dessas operações era sediada em gestoras localizadas na zona oeste de São Paulo.Apesar disso, a Receita buscou diferenciar casos pontuais da estrutura mais ampla do mercado financeiro, enfatizando que as investigações miram agentes específicos, e não o ecossistema como um todo.As três operações mobilizaram mais de 1.400 agentes públicos, com ações simultâneas em dez estados. Os alvos incluem postos de combustíveis, refinarias, transportadoras, fintechs e fundos de investimento. The post Atuação do crime organizado em fundos foi pontual, diz Receita appeared first on InfoMoney.