Cíntia Chagas critica arquivamento de denúncia contra ex-marido na Alesp: “Um tapa na cara das mulheres”

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A influenciadora e educadora Cíntia Chagas se manifestou com indignação após a Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) decidir arquivar o processo que pedia a cassação do deputado estadual Lucas Bove (PL/SP), seu ex-marido. Em sessão extraordinária realizada na última terça-feira (26), o Conselho de Ética da Casa rejeitou a denúncia por seis votos a um.O pedido de cassação havia sido protocolado pela deputada Mônica Seixas (PSOL/SP), sob a acusação de quebra de decoro parlamentar, diante das investigações contra Bove por violência física e psicológica contra Cíntia. Apenas Ediane Maria (PSOL/SP), única parlamentar mulher presente na reunião, votou a favor da cassação.Reação emocionadaLogo após a decisão, Cíntia publicou um vídeo em suas redes sociais em que aparece chorando e criticando duramente a postura dos deputados. “O Conselho de Ética da Alesp acaba de arquivar um pedido de cassação de um deputado investigado por agredir física e psicologicamente a própria mulher. Os senhores demonstram com isso não apenas o corporativismo, mas também a autodefesa masculina presente na Alesp”, disse.A influenciadora também ressaltou a gravidade da decisão em meio ao debate nacional sobre feminicídio. “Os senhores riem da sociedade num momento em que nós estamos discutindo tanto o feminicídio. E eu estou viva, senhores, graças a mim, porque eu denunciei. Porque eu pedi o divórcio. É por isso que eu estou viva”, afirmou.Críticas ao ex-maridoCíntia ainda direcionou críticas ao ex-marido, que, segundo ela, se apresentava como um “homem branco” com “cara de rico”. Para a educadora, a decisão da Alesp representou um desrespeito às mulheres brasileiras. “Os senhores estão dando as costas para a Justiça porque no meu processo judicial eu estou ganhando. Mais do que isso: os senhores acabaram de dar um tapa na cara das mulheres deste país. É nojento”, completou.Situação judicialApesar do arquivamento no âmbito legislativo, Lucas Bove segue respondendo a processos na Justiça comum. Ele é acusado de violência doméstica, psicológica, ameaça, injúria e perseguição. A Justiça determinou que o deputado mantenha distância mínima de 300 metros de Cíntia Chagas.