As forças israelenses mataram pelo menos 16 palestinos em toda a Faixa de Gaza na quinta-feira (28) e feriram dezenas no sul do enclave, segundo autoridades de saúde locais, enquanto os moradores relatavam a intensificação do bombardeio militar nos subúrbios da Cidade de Gaza.Os militares estão se preparando para tomar a Cidade de Gaza, o maior centro urbano do território, apesar dos apelos internacionais para que Israel reconsidere essa decisão, pois teme-se que a operação cause um número significativo de vítimas e desloque os cerca de um milhão de palestinos que se abrigam lá.Na Cidade de Gaza, moradores disseram que as famílias estavam fugindo de suas casas, a maioria em direção ao litoral, enquanto as forças israelenses bombardeavam os subúrbios orientais de Shejaia, Zeitoun e Sabra. As mortes de quinta-feira elevaram para 71 o número de palestinos mortos por fogo israelense nas últimas 24 horas, informou o Ministério da Saúde. Leia Mais "Israel quer enterrar a solução dos dois Estados", diz especialista Trump discute plano para Gaza ao fim da guerra; Israel amplia ataques Israel pede retratação de relatório sobre fome em Gaza As autoridades israelenses descrevem a Cidade de Gaza como o último reduto do Hamas, que desencadeou a guerra com seu ataque mortal a Israel em outubro de 2023. Desde então, o grupo islâmico tem sido dizimado pelo ataque de Israel a Gaza.Os militares israelenses disseram em um comunicado que continuavam a operar em toda a Faixa de Gaza, visando o que descreveram como “organizações terroristas” e infraestrutura.Os militares mataram três militantes no último dia, segundo o comunicado, sem dizer como identificaram os indivíduos.Um porta-voz do Comitê Internacional da Cruz Vermelha afirmou à Reuters que 31 pacientes “feridos por armas”, a maioria com ferimentos a bala, foram admitidos no Hospital de Campo da Cruz Vermelha na cidade de Rafah, no sul de Gaza. Quatro deles foram declarados mortos na chegada.“Os pacientes disseram que foram feridos enquanto tentavam chegar aos locais de distribuição de alimentos”, disse o porta-voz, acrescentando que desde que os locais de distribuição de alimentos começaram a operar em 27 de maio, o hospital tratou mais de 5.000 “pacientes feridos por armas”.Funcionários pressionam a ONU sobre genocídio em Gaza | LIVE CNN