Postado por Fabiano Venancio - O veto do presidente Lula ao projeto de lei do semiárido que beneficiaria 22 municípios do Norte e Noroeste Fluminense, de autoria do então deputado federal Wladimir Garotinho (PP), não ficou sem resposta do Legislativo campista. Os vereadores se posicionaram com críticas ao governo Lula e a políticos do PT do Estado do Rio que têm uma proposta de refazer o projeto de Wladimir e ainda aprovaram essa semana moção de repúdio ao veto presidencial ao projeto que altera a classificação climática da região e beneficia os produtores rurais com linhas especiais de crédito, entre outros benefícios. O Campos 24 Horas mostra os posicionamentos e cr´pide Doutor Maninho (PP), Beto Abençoado (PL), Silvinho Martins (MDB), Juninho Virgílio (Podemos) e Maicon Cruz (PSD). "Eu gostaria de dizer certas coisas (sobre Lula), mas a gente não pode falar porque um cidadão falou e acabou sendo detido. Mas precisamos repensar porque 2026 é logo ali na frente. A nossa região precisa de estímulo à agricultura para ficarmos livres da dependência dos royalties", comentou Beto Abençoado (PL), autor da moção de repúdio.MOBILIZAÇÃO - O líder do governo, Juninho Virgílio (Podemos), defendeu uma mobilização pela derrubada do veto. "Eu não entro nessa de direita e esquerda, quero apenas o bem da minha cidade e da nossa região. Por isso voto pela moção de repúdio ao veto porque o projeto passou por todas as comissões, foi aprovado na Câmara e por maioria no Senado", disse.Juninho lembrou da reunião da semana passada, em Italva, com a presença do secretário nacional de Relações Institucionais, André Ceciliano, e o deputado federal Lindbergh Farias (PT)."Vejo que eles querem fazer um novo projeto para desmerecer o atual, mas parabenizo os prefeitos e vereadores da região que decidiram bater o martelo e se mobilizar pela derrubada do veto", elogiou Juninho.DOUTOR MANINHO - "Estamos há três ou quatro meses sem chuva. Nosso clima hoje é africano". Dr Maninho (PP) destacou os estudos que levaram à lei da alteração da classificação das condições climáticas da região."Meu voto é de repúdio contra o veto, nada de ataques ao presidente ou por questões ideológicas. Mesmo porque há estudos da UENF e outras universidades que apontam esta situação crítica do clima em nossa região. Não é um favor", finalizou o vereador.MAICON E SILVINHO - O vereador Maicon Cruz (PSD) ponderou que a saída deve ser pelo diálogo e entendimento. "Concordo com a importância do projeto do então deputado Wladimir. "Em 2024, o governo federal investiu mais de R$ 1,2 bilhão em Campos. Só este ano foram R$ 761 milhões. E as obras do PAC em Campos? Independente de direita ou esquerda, antes da moção de repúdio deveríamos optar pelo caminho do diálogo e do entendimento", avaliou Maicon.Já Silvinho Martins (MDB) ponderou. "Estou votando uma moção de repúdio em cima do veto. Em momento algum estamos sendo mal agradecido ao governo federal, mas enquanto cidadão campista não posso concordar com esse veto", enfatizou.