Mercado de imóveis comerciais continua acima da inflação em julho, aponta FipeZAP

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Os preços de imóveis comerciais voltaram a avançar em julho, superando a inflação oficial do período. Segundo o Índice FipeZAP Comercial, salas e conjuntos de até 200 m² registraram alta de 0,27% no preço de venda e 0,78% no aluguel no mês passado. Para efeito de comparação, o IPCA do IBGE, que mede a inflação oficial no Brasil, ficou em 0,26% no mês, enquanto o IGP-M/FGV, que é chamado de “índice dos aluguéis”, mostrou uma deflação de 0,77% no período.No acumulado de 2025 até julho, os preços de venda avançaram 1,95%, enquanto os aluguéis comerciais subiram 5,15%. Na janela de 12 meses, os valores de venda cresceram 2,07% e os aluguéis dispararam 7,82%. Nesse mesmo período, o IPCA subiu 5,23% e o IGP-M, 2,96%. Todos esses dados levantados pela FipeZap indicam que o mercado de imóveis comerciais segue demonstrando forte resiliência em 2025, com destaque para a locação, em função da alta de juros que afasta as compras.Entre os destaques regionais nos últimos 12 meses, as cidades de Curitiba (+11,45%) e Brasília (+7,94%) apresentaram as maiores altas de preços de venda. Em locação, Niterói (+26,22%) e Brasília (+19,83%) chamaram atenção pelo ritmo de valorização.Leia Mais: Aluguel de imóveis comerciais encerra 1º semestre com alta de 4,34%Rota ascendenteO desempenho de julho segue a mesma toada do avanço consistente que já vinha sendo observado no primeiro semestre. Só para se ter uma ideia, entre janeiro e junho, o valor do aluguel comercial acumulou alta de 4,34%, superando o IPCA do período (2,99%) e mostrando vigor mesmo diante de um cenário econômico mais desafiador. Já os preços de venda de imóveis comerciais subiram 1,68% no primeiro semestre, ritmo mais contido e abaixo da inflação oficial.Esse descompasso evidencia uma tendência clara para esse segundo semestre: enquanto o mercado de vendas se mantém cauteloso, o segmento de locação mostra maior dinamismo e tem sustentado o setor. Para especialistas, a busca por imóveis comerciais também está atrelada à reorganização das empresas e profissionais após a pandemia, numa adaptação a novos formatos de trabalho e negócios.A valorização mais expressiva sugere ainda que, mesmo diante de custos mais altos de financiamento, há confiança na recuperação da atividade econômica e na necessidade de espaços adaptados para diferentes perfis de ocupação. A performance também sinaliza maior apetite de empreendedores e profissionais autônomos por contratos de locação, considerados mais flexíveis diante da volatilidade econômica.Brasília é destaque nas vendasEntre as dez cidades monitoradas pelo Índice FipeZap, Brasília, Curitiba e Salvador puxaram a alta dos preços de venda em julho, com aumentos de 1,80%, 0,75% e 0,71% respectivamente.Já Florianópolis (–0,44%) e Belo Horizonte (–0,40%) registraram quedas. O valor médio nacional de venda ficou em R$ 8.583 por metro quadrado, com São Paulo mantendo a liderança no ranking, com um valor de R$ 10.363 por metro quadrado.Niterói e Brasília puxam o aluguelNo caso dos aluguéis, o movimento foi ainda mais intenso, com Niterói subindo 3,25%, Brasília 2,31% e Campinas 1,82%, liderando os reajustes em julho. A média nacional de locação alcançou R$ 47,96 por metro quadrado, sendo São Paulo novamente a cidade mais cara, com R$ 57,24 por metro quadrado.RentabilidadeO estudo também mostra que a rentabilidade média do aluguel comercial — medida pelo rental yield — ficou em 6,93% ao ano, acima da registrada em imóveis residenciais (5,93% a.a.), mas ainda abaixo do retorno médio de aplicações financeiras de referência. Salvador (10,14% a.a.) e Campinas (8,62% a.a.) se destacaram como as praças mais atrativas para investidores que buscam renda com locação de imóveis comerciais.The post Mercado de imóveis comerciais continua acima da inflação em julho, aponta FipeZAP appeared first on InfoMoney.