Familiares de reféns israelenses mantidos em Gaza bloquearam rodovias no centro de Israel nesta terça-feira (26) em protesto, pedindo um acordo com o Hamas para encerrar a guerra e libertar os reféns restantes.As famílias convocaram um dia nacional de protestos para exigir o retorno de todos os reféns sob um acordo de cessar-fogo.Os manifestantes exibiram diversas faixas. Uma dizia: “Salvem os reféns, acabem com a guerra”, e outra declarava: “A guerra da mentira está matando reféns e soldados”.Protestos serão realizados ao longo do dia em Israel e na “Praça dos Reféns” em Tel Aviv, segundo organizadores.*Com informações da CNN americana Mortes em Gaza passam dos 62 mil, diz autoridade palestina Netanyahu lamenta “acidente” após ataques atingirem hospital em Gaza Ataque israelense explode escada de hospital e fotógrafo é atingido em Gaza Entenda a guerra na Faixa de GazaA guerra na Faixa de Gaza começou em 7 outubro de 2023, depois que o Hamas lançou um ataque terrorista contra Israel.Combatentes do grupo radical palestino mataram 1.200 pessoas e sequestraram 251 reféns naquele dia.Então, tropas israelenses deram início a uma grande ofensiva com bombardeios e por terra para tentar recuperar os reféns e acabar com o comando do Hamas.Os combates resultaram na devastação do território palestino e no deslocamento de cerca de 1,9 milhão de pessoas, o equivalente a mais de 80% da população total da Faixa de Gaza, segundo a UNRWA (Agência das Nações Unidas para os Refugiados Palestinos).Desde o início da guerra, pelo menos 61 mil palestinos foram mortos, segundo o Ministério da Saúde de Gaza. O ministério, controlado pelo Hamas, não distingue entre civis e combatentes do grupo na contagem, mas afirma que mais da metade dos mortos são mulheres e crianças. Israel afirma que pelo menos 20 mil são combatentes do grupo radical.Parte dos reféns foi recuperada por meio de dois acordos de cessar-fogo, enquanto uma minoria foi recuperada por meio das ações militares.Autoridades acreditam que cerca de 50 reféns ainda estejam em Gaza, sendo que cerca de 20 deles estariam vivos.Enquanto a guerra avança, a situação humanitária se agrava a cada dia no território palestino.Segundo a ONU, passa de mil o número de pessoas que foram mortas tentando conseguir alimentos, desde o mês de maio, quando Israel mudou o sistema de distribuição de suprimentos na Faixa de Gaza.Com a fome generalizada pela falta da entrada de assistência na Faixa de Gaza, os relatos de pessoas morrendo por inanição são diários.Israel afirma que a guerra pode parar assim que o Hamas se render, e o grupo radical demanda melhora na situação em Gaza para que o diálogo seja retomado.