Nesta quarta-feira (27), o presidente Lula assina o decreto para a regulamentação da Televisão do Futuro, também conhecida como TV 3.0. Com a mudança, a televisão aberta passará a integrar não somente a transmissão convencional de som e imagem, mas terá também serviços de internet embutidos.De acordo com a ideia do Ministério das Comunicações, o novo formato permitirá “mais interatividade, qualidade de som, imagem superior e maior integração com a internet”. Um dos pontos que contribui para isso será a interface dessa tecnologia, baseada em aplicativos, como um catálogo para o espectador.Saiba mais: Globo inaugura estação piloto da TV 3.0 no Rio de JaneiroApesar da mudança aparentemente brusca, a nova TV 3.0 manterá a navegação rápida tradicional da TV comum. Segundo o coordenador do GT Codificação de Aplicações do Fórum SBTVD, a cultura do mapeamento continua importante, mas isso será traduzido na troca rápida de aplicativos na Televisão do Futuro.O que a TV 3.0 vai ter de diferente?Televisão do futuro quer se parecer cada vez mais com os streamings (Imagem: GettyImages)Como aponta o diretor de Estratégia de Tecnologia da Globo e presidente do Fórum SBTVD, Raymundo Barros, o espectador poderá acompanhar votações em tempo real, ter acessos a conteúdos estendidos, alertas de emergência e novos recursos de acessibilidade. A publicidade também terá destaque, por meio de conteúdos personalizados e compras através do controle remoto.Um exemplo dado pelo próprio Barros no passado era a respeito do futebol. Com o novo formato, o cliente poderá escolher se deseja assistir a uma determinada partida com a narração da emissora, ou somente ouvir o som da torcida.O Governo também terá forte influência nesse segmento, visto que haverá um conjunto de canais da União, como a TV Brasil e o Canal Gov. Esses e outros apps, como serão chamados daqui para a frente, terão o conteúdo linear e convencional, mas também uma série de conteúdos por demanda, como já acontece no YouTube ou streaming.Entenda: TV do Futuro vai funcionar como um streaming, demonstra GloboO grande problema da TV 3.0 tem relação com os custos da migração dessa tecnologia, que exigirá transmissores por parte das empresas. Já os usuários deverão ter que adquirir novos conversores e receptores para captar esse novo tipo de sinal.Um dos objetivos do Ministério das Comunicações é que a TV 3.0 possa ser aproveitada por parte dos usuários já durante a Copa do Mundo de Futebol de 2026, realizada em junho do próximo ano.Para mais informações sobre o futuro da TV 3.0 e novidades em serviços de streaming, continue ligado no site do TecMundo para não perder nada.