A Virgo, uma das maiores securitizadoras do Brasil, informou, por meio de fato relevante, que recebeu propostas de investimento, que ainda estão sendo avaliadas, mas que não existe nenhum contrato firmado até o momento.A movimentação ocorre enquanto a empresa é alvo de denúncias na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) sobre o uso indevido de recursos de fundos de reservas de certificados de recebíveis imobiliários (CRI).A entrada de um investidor de confiança do mercado como sócio da companhia tem sido apontada como a principal alternativa para reforçar a estabilidade da securitizadora, que segue sob os holofotes.O diretor da empresa, Ivo Vel Kos, permanece à frente da gestão, mas já teria sido orientado a se afastar temporariamente para lidar com a situação de forma estruturada.LEIA TAMBÉM: O Agro Times quer te ajudar a ficar por dentro do agronegócio e mostrar como começar a investir no “motor” do Brasil; veja comoAplicação de riscoNo início desta semana, foi divulgado que a Virgo direcionou recursos de um fundo de reserva de CRIs para uma aplicação considerada arriscada. A decisão contrariou o objetivo desse tipo de fundo, que existe justamente para proteger investidores contra possíveis inadimplências.A movimentação, além de expor os cotistas a potenciais perdas, gerou dúvidas no mercado sobre governança dentro da securitizadora, que possui cerca de R$ 90 bilhões sob gestão fiduciária.Em nota enviada ao Money Times, a empresa afirmou que, no curso de suas atividades e da operação em questão, nenhum regulamento de mercado foi violado e que não houve dano ou prejuízo aos parceiros.Leia a nota na íntegra:“A Virgo reforça que no curso de suas atividades e da operação em questão nenhuma lei e nenhum regulamento de mercado foi violado. Além disso, é importante esclarecer que não houve dano ou prejuízo aos parceiros da Virgo. Os fundos de reserva investidos no Allocation continuam segregados de forma adequada, como determinam as regras. Desde sua fundação, a companhia já estruturou mais de 900 operações sem qualquer registro de atuação irregular por parte da securitizadora”.