CCZ amplia número de bairros com monitoramento de Aedes aegypti com ovitrampa

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O Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) vai ampliar o número de bairros com monitoramento populacional do mosquito Aedes aegypti, por meio de ovitrampa georreferenciada. O projeto, em parceria com a Secretaria de Estado de Saúde (SRS/RJ), existe desde 2023 e também atende as novas diretrizes nacionais para prevenção e controle de arboviroses urbanas, como dengue, zika e chikungunya.Para promover a ampliação, que alcançará 24 novos bairros e cerca de 150 armadilhas, supervisores gerais e de campo, que atuam no Programa Municipal de Controle de Vetores (PMCV), passaram por capacitação na quinta-feira (21). O treinamento aconteceu no auditório da Fundação Norte Fluminense de Desenvolvimento Regional (Fundenor), prédio que abriga a sede do CCZ.“Com as novas diretrizes do Ministério da Saúde, o Estado vai ampliar o monitoramento com ovitrampa para os 92 municípios. Nós fazemos esse trabalho a nível municipal desde 2017. Já em 2023, iniciamos a parceria com o Estado, começando com 273 armadilhas, depois aumentamos para 300 e atualmente estamos com 564 armadilhas em 84 bairros”, explicou o subcoordenador do PMCV, Sílvio Pinheiro.De acordo com o subcoordenador, a nova expansão visa cobrir toda área urbana da cidade, principalmente os que recebem o Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti (LIRAa). Entre os novos bairros estão Leopoldina, Sumaré, São Clemente, São Salvador, além de Baixa Grande. “Estamos calculando umas 50 armadilhas só nessas localidades. Elas serão instaladas em setembro, quando será realizado o novo monitoramento”, disse Sílvio.A ovitrampa é uma armadilha utilizada para a coleta de ovos de Aedes aegypti e/ou Aedes albopictus. Consiste em um depósito de plástico (vaso), na cor preta, com capacidade de 500 ml, onde se coloca uma palheta de material tipo Eucatex, que serve para a fêmea depositar seus ovos. No depósito também é colocada uma substância (levedo de cerveja) para atrair o inseto fêmea. Após a postura dos ovos na palheta, os agentes a recolhem e a leva para o laboratório, onde é feita a contagem dos ovos. Através de um aplicativo, as informações são enviadas para o Estado e o Ministério da Saúde.MONITORAMENTO - O último monitoramento com ovitrampa foi realizado em julho. Na ocasião foram instaladas 564 armadilhas. Como resultado, foram 12.987 ovos coletados na semana epidemiológica 29, com índice de positividade de 52% e 14.939 ovos na semana 30, com 57% de positividade. O índice de densidade de ovos foi de 44 e 46 respectivamente.“A ovitrampa é um método sensível e econômico para detectar a presença do vetor, sendo muito eficiente, de baixo custo e de fácil manuseio no campo pelos agentes de saúde. O trabalho também serve para direcionar as ações, pois através dele sabemos quais quarteirões precisam mais de intervenção”, completou.