2025, até então, vem ficando marcado por uma enfraquecimento do dólar frente ao real. A moeda americana recua cerca de 13% no acumulado do ano tendo saido do patamar de R$ 6,20 no começo de janeiro para operar próximo dos R$ 5,40. E o banco americano Goldman Sachs enxerga mais espaço para queda.O banco americano, em relatório divulgado nesta sexta-feira (22), colocou sua expectativa para o câmbio de dólar em R$ 5,10 em seis meses e em R$ 5 para o final de 2026.“O real tem sido a aposta preferida de muitos investidores (inclusive nossa) como operação de carry trade em mercados emergentes neste ano”, diz o time do Goldman Sachs, liderado por Kamakshya Trivedi.Segundo o GS, o real, neste ano, está se comportando conforme seria esperado pelos modelos — acompanhando os movimentos globais — enquanto no ano passado ele esteve bem mais fraco do que o normal, destoando do seu padrão histórico.SAIBA MAIS: O que pensam os líderes de grandes empresas e gestoras financeiras? O programa Money Minds traz entrevistas exclusivas; veja agoraO Goldman Sachs menciona, porém, quem em 2024 o real ficou mais de 10% abaixo do desempenho esperado pelos seus modelos, configurando uma “forte subperformance”. “Isso sugere que o real continua tendo uma margem saudável de valorização”, pontua.“No curto prazo, o caminho provavelmente continuará sendo impactado pela relação entre Brasil e EUA. No fim das contas, porém, acreditamos que o impacto econômico direto dessa tarifa deve ser limitado, especialmente considerando as isenções”, fala o time do banco.A equipe de analistas menciona que uma relação mais tensionada com os EUA, no caso de uma escalada, pode ter efeitos mais negativos sobre fluxos e trazer volatilidade ao dólar. Isso, para eles, poderia levar a um choque maior. “Apesar de não ser o nosso cenário-base, esse risco pode fazer com que os movimentos sejam mais de ‘duas vias’ no curto prazo, em contraste com a tendência de queda observada no início do ano”, contextualiza.Ainda assim, o Goldman Sachs enxerga que pelo Brasil tem margem por ter maior diferencial de juros entre as moedas emergentes por “ampla margem”, o que facilita o carry trade. “Esperamos que os retornos totais das posições compradas em real permaneçam positivos”, fecha o banco.