Rússia lança camundongos, moscas e mais organismos ao espaço

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Na tarde da última quarta-feira (20), o biossatélite russo Bion-M nº 2 foi lançado do Cosmódromo de Baikonur, administrado pelo governo da Rússia, no Cazaquistão. A bordo de um foguete Souyuz, o equipamento decolou às 14h13 no horário de Brasília, 22h13 no horário local.Dentro do satélite estão um conjunto de seres vivos: 75 camundongos, mil moscas-das-frutas, diversos micróbios e culturas celulares, além de sementes de plantas. Esses organismos passarão um mês em órbita da Terra em um trajeto que os levará sobre os polos, onde serão expostos a uma porcentagem 30% maior de radiação cósmica.A Roscosmos, agência espacial russa, selecionou os roedores por sua proximidade genética com os humanos e pelos ciclos de vida curtos, que permitem observar de forma acelerada como alterações no DNA causadas pela exposição ao ambiente espacial podem se manifestar ao longo das gerações, segundo informou o site The Economic Times.Esses animais serão monitorados em tempo real com câmeras especiais e sensores. Cada módulo com ratos contem sistemas de alimentação, iluminação, ventilação e descarte de dejetos.Há também um compartimento especial com 16 tubos contendo rochas e sedimentos lunares simulados, que imitam os materiais encontrados nas altas latitudes da Lua.Ao retornar ao solo, a capsula será recuperada e levada a um laboratório, onde pesquisadores analisarão as cargas para entender como os diferentes seres foram afetados pela microgravidade e pela radiação.Organismos ficarão em uma capsula com câmeras e sensores durante seu trajeto de um mês. (Imagem: Roscosmos)Leia mais:Maior companhia aérea da Rússia sofre ataque de hackers pró-Ucrânia e cancela mais de 50 voosMistério no céu da Rússia: a história da “água-viva” luminosa de 1977Grandes Navegações? Rússia descobre nova ilha no Mar CáspioMissão ajudará a levar astronautas russos para a LuaA Bion-M nº 2 é a segunda missão do projeto russo Bion-M, dedicado à pesquisa em medicina espacial. As missões originais foram concluídas em 1996 com a Bion 11, e o programa foi retomado em abril de 2013 com a Bion-M nº 1, que também levou diversos organismos ao espaço.Esse experimento faz parte da preparação da Rússia para enviar humanos em missões distantes da Terra, principalmente à Lua. O país é parceiro da Estação Internacional de Pesquisa Lunar, uma iniciativa liderada pela China para estabelecer uma base lunar na década de 2030.É esperado que a Bion-M nº 2 permaneça em órbita ao longo do próximo mês. Os dados coletados pelos experimentos a bordo devem ajudar a aprofundar a compreensão dos efeitos do ambiente espacial sobre as diferentes formas de vida terrestre.O post Rússia lança camundongos, moscas e mais organismos ao espaço apareceu primeiro em Olhar Digital.