O humor pastelão icônico de Corra que a Polícia Vem Aí voltou para tomar conta dos cinemas!Em um mundo onde filmes policiais costumam ser sinônimo de tensão, mistério e frases de efeito dramáticas, Corra que a Polícia Vem Aí sempre foi o antídoto perfeito: um lembrete de que até a investigação mais séria pode acabar em gargalhadas. Criada a partir da série de TV Police Squad!, a franquia se consagrou nos anos 80 e 90 ao subverter todos os clichês do gênero policial, transformando perseguições, interrogatórios e cenas de ação em verdadeiros festivais de absurdos.Muito desse sucesso se deve ao talento incomparável de Leslie Nielsen, mestre em interpretar o absurdo com a seriedade de um discurso presidencial. A cada filme, o detetive Frank Drebin mergulhava em situações cada vez mais insólitas, onde nada era impossível, nem mesmo uma perseguição de carro em câmera lenta ou uma infiltração que parecia mais uma performance de comédia física.Agora que um novo capítulo da saga chegou, é hora de relembrar cinco momentos que explicam por que essa mistura de caos e genialidade ainda é irresistível. Lembrando que o novo Corra que a Polícia Vem Aí!, agora estrelado por Liam Neeson e Pamela Anderson, já está nos cinemas! Vai perder?A dama na escadaNo primeiro filme da franquia, Jane (Priscilla Presley) entra em cena de maneira icônica, misturando o clássico take da dama misteriosa e sedutora surgindo no topo de uma escadaria com o humor inconfundível do longa. De início, tudo parece correr de acordo com o plano, o problema é que a escada pela qual ela desce, enquanto encara e flerta com o destemido protagonista, conspira contra Jane (e a moça definitivamente não possui um bom equilíbrio).Cada degrau vira um obstáculo, o clima quebra, mas a sedução ainda é levada a sério no fim. É o tipo de humor físico que parece simples, mas exige precisão cirúrgica para funcionar e aqui funciona perfeitamente.O jogo de beisebolTalvez a sequência mais famosa de toda a franquia. Disfarçado como árbitro em um jogo decisivo, Frank Drebin começa cumprindo seu papel… até se empolgar. Primeiro são pequenos exageros nos gestos, depois coreografias dignas de um musical da Broadway, e finalmente um verdadeiro show no meio do campo, arrancando aplausos da torcida e olhares confusos dos jogadores.A cena é um exemplo de como The Naked Gun transforma situações banais em eventos espetaculares, escalando a piada até o limite e deixando o público em estado de riso incontrolável.Aula de direçãoEm uma das perseguições mais inusitadas da franquia, Frank Drebin salta para dentro de um carro e ordena ao motorista que siga o veículo à frente. Só que há um detalhe: o motorista é, na verdade, uma aluna de autoescola, tendo sua aula conduzida por ninguém menos que John Houseman, lendário ator dramático vencedor do Oscar.O contraste entre a tensão da perseguição e a fleuma britânica de Houseman, corrigindo o volante e instruindo sobre as marchas, é impagável. E, como se não bastasse, a fuga termina com o carro do vilão colidindo com uma fábrica de fogos de artifício, gerando uma explosão tão absurda que Drebin, impassível, apenas tenta dispersar a multidão com um “Nada para ver aqui, pessoal”.Sexo muito seguroA franquia nunca teve medo de levar piadas visuais ao extremo e a cena em que Drebin e Jane discutem “sexo seguro” é um exemplo perfeito. Quando Jane, em clima de sedução, diz que sempre pratica sexo seguro, Drebin concorda; no corte seguinte, ambos surgem envoltos em preservativos gigantes que cobrem o corpo inteiro.É um momento tão exagerado que beira o surreal, funcionando como sátira a campanhas de saúde e comédias românticas ao mesmo tempo. Poucos filmes conseguem transformar uma metáfora em algo tão literal e tão memorável.A sireneNenhuma introdução de filme policial é tão memorável ou tão absurda quanto a sequência de créditos iniciais de The Naked Gun. A câmera, posicionada logo atrás da sirene do carro de polícia de Frank Drebin, nos coloca no “ponto de vista” mais improvável possível para uma patrulha.A perseguição começa nas ruas, com pedestres pulando para se salvar, mas logo a sirene invade territórios cada vez mais improváveis: atravessa um lava-rápido, entra na sala de uma casa, passeia por um vestiário feminino e até percorre os trilhos de uma montanha-russa. É um resumo perfeito da filosofia da franquia logo de cara: não importa de onde você parta, com Frank no volante, o destino final será sempre o caos e a gargalhada.Esses momentos não são apenas lembranças divertidas; são provas de que Corra que a Polícia Vem Aí! elevou o humor pastelão a um patamar raro, onde cada detalhe, por mais absurdo que seja, é pensado para extrair a máxima reação da plateia. E se o novo filme conseguir capturar mesmo uma fração dessa energia, prepare-se: a primeira investigação cinematográfica de Frank Drebin Jr promete ser mais caótica, mais exagerada e, claro, mais hilária do que nunca.Corra que Liam Neeson e Pamela Anderson vem aí! O novo filme a icônica franquia já está nos cinemas. Não perca!Leia mais sobre Corra que a Polícia Vem Aí:Fonte: Legião dos Heróis.