Enviado especial a Bogotá — O ministro das Relações Exteriores da Venezuela, Yvan Eduardo Gil Pinto, afirmou nesta sexta-feira (22/8) que o país não teme uma possível invasão dos Estados Unidos.Em entrevista à coluna e a outros veículos de comunicação em Bogotá, capital da Colômbia, o chanceler do governo Nicolás Maduro disse que a Venezuela está preparada para enfrentar qualquer tipo de “agressão”.3 imagensFechar modal.1 de 3Venezuela realizou eleição em Essequibo, território da GuianaZurimar Campos/Presidência da Venezuela2 de 3Yvan Eduardo Gil Pinto, chanceler da VenezuelaMetrópoles3 de 3Jesus Vargas/Getty ImagesA possibilidade de uma invasão americana passou a ser cogitada, após os Estados Unidos posicionarem navios de guerra e efetivo militar no mar próximo à Venezuela, para supostamente combater os cartéis de drogas.“As agressões contra a Venezuela nós conhecemos há 26 anos, desde que chegou a Revolução Bolivariana. Esta é apenas mais uma, parte de uma guerra psicológica. A Venezuela já demonstrou que está preparada para enfrentar qualquer tipo de agressão: psicológica, midiática, agressões de todo tipo. (…) Assim, estamos preparados. A defesa nacional está pronta para enfrentar qualquer tentativa de agressão, interna ou externa.”, disse o ministro de Maduro à imprensa, após representar a Venezuela na cúpula de países amazônicos, em Bogotá. Leia também Igor Gadelha Lula defende COP30 na Amazônia: “Não é lugar chique” Igor Gadelha Em Bogotá, Lula critica Trump e diz que enviou carta ao americano Igor Gadelha Lula participa de cúpula em Bogotá mirando apoio a fundo bilionário Igor Gadelha Vídeo: Lula chega à Colômbia para cúpula de países amazônicos O chanceler venezuelano afirmou que o país já expulsou o grande cartel de drogas do país em 2005. Ele ressaltou que a maior parte do tráfico hoje não acontece pela faixa do Caribe, mas sim, pelo lado do oceano Pacíficio.“A ONU, a Organização das Nações Unidas que luta contra as drogas, reconheceu que a Venezuela é um território livre de cultivos de entorpecentes. Ou seja, a Venezuela é um país que demonstrou não ter por que estar, digamos, explicando o que já está nos relatórios das organizações internacionais”, alegou.Para o ministro venezuelano, o que existe hoje seria uma ” classe política desvairada dos Estados Unidos” que já utilizou o comunismo, o terrorismo e agora usa o narcotráfico para “atacar a Venezuela”.“Somos um país, digamos, líder no combate contra o narcotráfico e o que temos visto é uma classe política desvairada dos Estados Unidos que quis utilizar… Antes utilizaram o comunismo, depois utilizaram o terrorismo, utilizaram o islamismo, os migrantes. Sempre uma desculpa para atacar a Venezuela. Esta é mais uma, também será derrotada. Nós não temos medo de nada. Temos um povo livre, um povo soberano, um povo em crescimento. Campanha psicológica, vamos derrotá-las”, afirmou.