Novas análises de um fóssil de dinossauro revelaram uma “vela” (como as usadas em barcos) que se desenvolveu com o tempo ao longo das costas e cauda para atrair potenciais parceiros. O espécime de cerca de 125 milhões de anos foi descoberto anteriormente na Ilha de Wight, Inglaterra, e os resultados foram publicados na Papers in Palaeontology.Entenda:Uma espécie de dinossauro desenvolveu uma “vela” dorsal para atrair parceiros;A descoberta foi revelada em um estudo que analisou um antigo fóssil da Ilha de Wight, na Inglaterra;Até então, acreditava-se que o espécime era de um iguanodon comum da ilha, mas novas análises mostraram o detalhe inédito;A crista em formato de vela nas costas e cauda pode ter se desenvolvido ao longo do tempo como parte de uma “exibição sexual”, para atrair parceiros.Representação artística em escala do Istiorachis Macarthurae. (Imagem: James Brown/University of Portsmouth)Após sua descoberta, o fóssil de dinossauro vinha sendo mantido nas coleções do museu Dinosaur Isle, na Ilha de Wight. Análises prévias apontaram que o material pertencia a uma espécie de iguanodon comum da ilha – até que Jeremy Lockwood, clínico geral aposentado, percebeu um detalhe incomum.Leia mais:Pele fossilizada mais antiga do mundo encontrada em caverna nos Estados UnidosFragmentos de crânio apontam para a existência de “mini” TiranossaurosTurtwigs: fósseis de tartarugas foram confundindo com plantasDinossauro desenvolveu crista em forma de vela nas costas Jeremy Lockwood ao lado da coluna vertebral do Istiorachis Macarthurae. (Imagem: University of Portsmouth)Lockwood estava reexaminando os fósseis de dinossauros do museu para seu doutorado na Universidade de Portsmouth e no Museu de História Natural de Londres. Durante as pesquisas, ele notou que o iguanodon possuía uma crista em formato de vela nas costas – algo jamais visto em qualquer outro espécime da ilha.“Embora o esqueleto não estivesse tão completo quanto alguns dos outros encontrados, ninguém havia realmente examinado esses ossos de perto antes. Acreditava-se que fosse apenas mais um espécime de uma das espécies existentes, mas este tinha espinhos neurais particularmente longos, o que era muito incomum”, conta Lockwood em um comunicado.Novo nome do fóssil homenageia velejadora recordistaNome científico do dinossauro homenageia a velejadora Ellen MacArthur. (Imagem: Nikeush/Wikimedia Commons)O dinossauro foi, então, rebatizado: Istiorachis macarthurae. Istiorachis significa “espinha de vela”, e macaruthurae é uma homenagem a Ellen MacArthur, velejadora e habitante da Ilha de Wight que estabeleceu, em 2005, o recorde mundial de viagem solo mais rápida sem escalas ao redor do mundo – e isso em sua primeira tentativa. “A evolução às vezes parece favorecer o extravagante em detrimento do prático. Embora o propósito exato dessas características seja debatido há muito tempo – com teorias que vão da regulação do calor corporal ao armazenamento de gordura –, pesquisadores acreditam que a explicação mais provável neste caso seja a sinalização visual, possivelmente como parte de uma exibição sexual, e isso geralmente se deve à seleção sexual”, completa Lockwood sobre a “vela” do dinossauro.O post Esse dinossauro tinha uma ‘vela’ nas costas para atrair parceiros, aponta estudo apareceu primeiro em Olhar Digital.