Os chips de inteligência artificial se tornaram produtos estratégicos na disputa pela hegemonia tecnológica global. Neste cenário, o governo da China busca alternativas para aumentar a produção dos dispositivos.O problema é que, para atingir tal objetivo, Pequim precisa superar os obstáculos criados pelas sanções impostas pelos Estados Unidos. Além disso, é necessário fortalecer a indústria doméstica, reduzindo a dependência da Nvidia.Huawei tem papel central no plano de Pequim (Imagem: Cobalt S-Elinoi/Shutterstock)Indústria doméstica de chips continua recebendo estímulosSegundo reportagem do Financial Times, o governo chinês quer triplicar a produção de chips de IA até o ano que vem. Para isso, a Huawei pretende iniciar a produção em uma nova fábrica ainda em 2025, além de inaugurar duas novas instalações em 2026. Estes espaços combinados seria capazes de superar a produção atual da Semiconductor Manufacturing International Corporation (SMIC), a maior fabricante de chips da China atualmente. Ao mesmo tempo, a Huawei está trabalhando no desenvolvimento de um novo chip de inteligência artificial mais avançado. A ideia é que ele seja lançado nos próximos meses e sirva como uma alternativa para reduzir o impacto das restrições da Casa Branca.Governo chinês recomendou que empresa chinesas evitem usar chips da Nvidia (Imagem: Nor Gal/Shutterstock)A novidade também ajudará a indústria doméstica chinesa a substituir os produtos da Nvida. Lembrando que a empresa recebeu autorização para retomar as vendas do modelo H20 em território chinês. Pequim, no entanto, recomendou que as companhias do país evitem usar o produto.Leia maisTrump vai usar tarifas para impulsionar indústria de chips dos EUAEUA usam rastreadores para evitar vendas de chips para ChinaChina orienta órgãos locais a evitar chips da NvidiaEUA querem impedir acesso da China aos semicondutores (Imagem: Quality Stock Arts/Shutterstock)Disputa pela hegemonia tecnológica mundialAlém de fomentar a produção nacional de chips e o desenvolvimento da inteligência artificial, o governo dos Estados Unidos tenta impedir o acesso da China aos produtos.O movimento tem sido chamado de “guerra dos chips“.Pequim foi impedida não apenas de importar os chips mais avançados, mas também de adquirir os insumos para desenvolver seus próprios semicondutores e supercomputadores avançados, e até mesmo dos componentes, tecnologia e software de origem americana que poderiam ser usados para produzir equipamentos de fabricação de semicondutores para, eventualmente, construir suas próprias fábricas para fabricar seus próprios chips.Além disso, cidadãos norte-americanos não podem mais se envolver em qualquer atividade que apoie a produção de semicondutores avançados na China, seja mantendo ou reparando equipamentos em uma fábrica chinesa, oferecendo consultoria ou mesmo autorizando entregas a um fabricante chinês de semicondutores.Por fim, a Casa Branca tenta impedir que Pequim tenha acesso aos produtos por meio de países terceiros.O post Guerra dos Chips: China tem plano para ganhar mais independência apareceu primeiro em Olhar Digital.