O hacker Cayo Lucas Rodrigues dos Santos, preso na segunda-feira (25) em Olinda (PE) por suspeita de ameaçar o youtuber Felca, afirmou à polícia que costumava receber pagamentos em criptomoedas pelos serviços ilegais que prestava. Ele contou ainda que acumulou cerca de R$ 500 mil em criptomoedas, valor que foi apreendido por autoridades em junho deste ano.Segundo informações obtidas pelo G1, Cayo negou ter sido o responsável pelas intimidações contra o influenciador, mas admitiu que invadia sistemas de órgãos públicos para comercializar dados e oferecer facilidades ilegais, como manipulação de registros do SUS e da Receita Federal, além de bloqueios de contas bancárias.O hacker relatou que acumulou a grande quantidade de criptomoedas acessando indevidamente plataformas como o Polícia Ágil (Secretaria de Defesa Social de Pernambuco), o CadSUS (governo federal) e o Cerebrum (Secretaria de Segurança do Ceará). Ele também vendia bases de dados no Telegram por até R$ 50 mil.De acordo com o depoimento, uma das principais atividades de Cayo era fraudar o Banco Nacional de Monitoramento de Prisões (BNMP), emitindo falsos alvarás de soltura por cerca de R$ 15 mil cada. O hacker afirmou ter feito mais de 50 operações desse tipo, burlando o sistema.Leia também: Influenciador Felca diz ter todo seu patrimônio em Bitcoin (ou não)Na mesma operação da Polícia de Pernambuco que prendeu Cayo em Olinda, a polícia também deteve Paulo Vinicios Oliveira Barbosa, flagrado com acesso aberto ao sistema Polícia Ágil em seu computador. Segundo o hacker, o amigo fazia apenas consultas, recebendo R$ 20 por acesso.Caso FelcaA polícia investiga ainda a participação de Cayo em um grupo que explorava crianças e adolescentes por meio de “desafios” em redes sociais. Segundo o secretário de Segurança de São Paulo, Guilherme Derrite, o hacker chegou a vender material de abuso infantil na internet.Esse envolvimento pode ter motivado as ameaças enviadas a Felca após o youtuber publicar um vídeo-denúncia sobre o tema no início do mês, onde expôs perfis e influenciadores acusados de estimular a adultização de crianças e adolescentes na internet.A gravação apontava ainda a existência de uma rede organizada que lucrava com esse tipo de exploração e chamou atenção para a responsabilidade das plataformas em coibir tais práticas. Felca disse que dedicou cerca de um ano para a pesquisa e elaboração do conteúdo, devido à sensibilidade do tema.O Bitcoin mostra muita força no 2º trimestre e é destaque entre os ativos de risco. Será que uma próxima máxima história de preço vem aí? Agora é hora de agir estrategicamente. Abra sua conta no MB e prepare sua carteira!O post Hacker preso por ameaçar Felca diz que recebia criptomoedas por serviços apareceu primeiro em Portal do Bitcoin.