O dólar teve um dia de perdas ante o real com dados de emprego e política monetária em foco.Nesta quarta-feira (27), o dólar à vista (USDBRL) encerrou as negociações a R$ 5,4170, com queda de 0,32%. new TradingView.MediumWidget( { "customer": "moneytimescombr", "symbols": [ [ "USDBRL", "USDBRL" ] ], "chartOnly": false, "width": "100%", "height": "300", "locale": "br", "colorTheme": "light", "autosize": false, "showVolume": false, "hideDateRanges": false, "hideMarketStatus": false, "hideSymbolLogo": false, "scalePosition": "right", "scaleMode": "Normal", "fontFamily": "-apple-system, BlinkMacSystemFont, Trebuchet MS, Roboto, Ubuntu, sans-serif", "fontSize": "10", "noTimeScale": false, "valuesTracking": "1", "changeMode": "price-and-percent", "chartType": "line", "container_id": "35e0c3f"} ); O movimento acompanhou a tendência vista no exterior. Por volta de 17h (horário de Brasília), o DXY, indicador que compara o dólar a uma cesta de seis divisas globais, como euro e libra, caía 0,02%, aos 98.209 pontos.LEIA MAIS: Comunidade de investidores Money Times reúne tudo o que você precisa saber sobre o mercado; cadastre-seO que mexeu com o dólar hoje?Declarações de autoridades do governo e do Banco Central (BC) e dados econômicos dividiram as atenções dos investidores locais e deram fôlego ao real nesta quarta-feira (27).Em destaque, o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) mostrou a criação de 129.775 vagas formais de trabalho em julho, uma desaceleração frente aos 166.621 postos de trabalho reportados em junho.O resultado, porém, ficou abaixo da expectativa de economistas apontada em pesquisa da Reuters de criação líquida de 135.577 vagas.O saldo de julho também foi o mais baixo desde março, que teve abertura de 79.521 vagas, e o resultado mais fraco para o mês desde 2020, início da pandemia de Covid-19, com saldo positivo de 108.476 postos.“Apesar de uma incipiente desaceleração na criação de vagas formais, o mercado de trabalho permanece sólido, com uma taxa de desemprego no nível mais baixo da série histórica (5,8% no segundo trimestre do ano), o que é um ponto de atenção para o Banco Central”, afirmou Sara Paixão, analistas de macroeconomia da InvestSmart XP.O presidente do Banco Central (BC), Gabriel Galípolo, afirmou que o real vem se apreciando a um ritmo mais forte do que seus pares ao longo deste ano e o mercado de câmbio tem se comportado “muito bem” do ponto de vista de liquidez e funcionalidade.Galípolo também disse que a convergência da inflação à meta de 3% está ocorrendo de maneira lenta, em evento da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), em São Paulo.“A gente está num cenário de ter descumprido a meta e com expectativas e projeções do Banco Central e do mercado que ainda (mostram que) essa convergência está se dando de uma maneira lenta para a meta de inflação”, disse o presidente do BC.Além disso, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) de 2026 será enviado ao Congresso até sexta-feira (29), limite do prazo legal. Segundo ele, não há previsão de o texto trazer medidas adicionais de receita.EUANo exterior, a pressão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre o Federal Reserve (Fed, o Banco Central dos EUA) continuou no centro das atenções.O mercado operou na expectativa de apresentação da ação judicial da diretora Lisa Cook contra a tentativa de Trump de demiti-la. Na última segunda-feira (25), o chefe da Casa Branca afirmou que tinha “razão suficiente” para demitir Cook por alegações de impropriedade em empréstimos hipotecários.Desde então, a diretora do Fed afirmou que continuará no cargo e, por isso, deve mover uma ação judicial.O Federal Reserve também se manifestou sobre o embate. A autoridade monetária afirmou que obedecerá qualquer decisão judicial. “Vamos continuar a exercer as atribuições previstas em lei”, disse o BC norte-americano.“Longos mandatos e proteções contra destituição de governadores servem como uma salvaguarda vital, garantindo que as decisões de política monetária sejam baseadas em dados, análises econômicas e nos interesses de longo prazo do povo americano”, afirmou um porta-voz do Fed na última terça-feira (26).A demissão de Cook marca uma escalada na tentativa de Trump de remodelar a composição da liderança do Fed. Ele vem pressionando o Banco Central, em ataques diretos ao presidente da autoridade monetária, Jerome Powell, para que faça cortes agressivos nas taxas de juros.